O Exército Brasileiro e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deram início, a zero hora de ontem, a um trabalho de pesquisa de contagem de tráfego na BR-392, no trecho compreendido entre Rio Grande e Pelotas. A ação está mobilizando em torno de 150 militares do 6º Grupo de Artilharia de Campanha (6º GAC), sediado em Rio Grande, e do 9º Batalhão de Infantaria Motorizada (9º BIMTz), com sede em Pelotas, que atuam como pesquisadores divididos em três turnos – manhã, tarde e noite.

Para realizar este trabalho, foram montados três postos, sendo dois na BR-392 – no quilômetro 21 e na balança (km 48) – e um na BR-471, no quilômetro 430. Conforme o capitão Cristiano Teixeira da Rosa, comandante da 1ª Bateria de Obuses do 6º GAC, que participa da atividade, estão em desenvolvimento nos três postos dois tipos de pesquisa – de contagem volumétrica e classificatória e de origem e destino.

A primeira visa a contabilizar a freqüência de veículos, conforme o porte (carros, caminhões – diferenciando por eixos). A segunda, que ocorre simultânea à primeira, consiste na abordagem de veículos, no acostamento, para entrevista aos motoristas sobre a origem e destino do veículo e da carga. No posto localizado na balança, também é feita pesquisa de preferência declarada.

O Exército conta com o apoio técnico do Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran). O comandante do 6º GAC, tenente-coronel Cesar Henrique Romão, relatou que, para a realização destas pesquisas, três militares do 6º GAC, dois do 9º BIMTz e um da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada (Pelotas) passaram por treinamento no Centran, na semana passada. E os conhecimentos adquiridos por eles foram transmitidos aos que atuam como pesquisadores.

Esse trabalho de pesquisa terá continuidade até a meia-noite do próximo dia 4. O objetivo é levantar dados que permitam ao Centran analisar e elaborar um estudo, solicitado pela ANTT, sobre o impacto financeiro e econômico que terá a duplicação da rodovia no contrato de concessão do trecho à Ecosul. A Polícia Rodoviária Federal também apóia a operação.