Nas estradas brasileiras, a ameaça, mais uma vez, é a imprudência dos motoristas. Há O excesso de velocidade e ultrapassagens perigosas.

Na BR-381, uma das mais perigosas do país, uma caminhonete preta invade o acostamento. Faz uma arriscada e longa ultrapassagem proibida. Lá na frente, numa curva, pisa no freio. O desrespeito na estrada que liga Belo Horizonte ao litoral capixaba não pára por aí – imprudência também na contramão.

Os erros cometidos pelos motoristas de Minas Gerais estão no Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf). O levantamento mostra que, fora do estado, o mineiro insiste no abuso e é o segundo maior infrator. Só perde para os paranaenses, os mais multados do Brasil.

“Especificamente no caso do mineiro, quando ele se dirige para outros estados, que possuem rodovias duplicadas, em bom estado de conservação, ele abusa da velocidade, porque está acostumado, em Minas Gerais, a rodovias estreitas, com muitas curvas, muitas subidas e descidas”, explica o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Aristides Júnior.

Das dez infrações verificadas, a velocidade acima do limite é a mais freqüente, corresponde a 42% das multas aplicadas no país. O mineiro Rogério Ecker foi flagrado por radares no interior de São Paulo. “A velocidade é 60 km/h. Passei a 65 km/h. Então foi justificado, né? Aprendi que se é 60 km/h, tem que passar a 50 km/h”, diz o caminhoneiro Rogerio Ecker.

Mas o bom exemplo também pode vir do estado que está mal na estatística. Do Paraná, a van já percorreu mil quilômetros de Curitiba a Belo Horizonte. Até aqui, sem multa e com muita calma, na promessa de Natal tranqüilo na Bahia.

“Os cuidados que a gente toma é sempre andar dentro dos limites de velocidade, respeitando as placas. A gente evita a multa e dirige sempre com segurança”, aponta o securitário Lourival Abreu.