O ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) disse hoje que a BR-163 será recuperada a partir do próximo ano. A declaração foi dada durante vistoria do ministro à obra de reforma de trecho da BR-262 (Campo Grande/Três Lagoas) em frente ao bairro Maria Aparecida Pedrossian, na Capital.
O ministro disse que ainda não estão definidos nem o quanto será aplicado na obra e nem qual é o serviço que será executado. Segundo ele, a superintendência do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte) em MS vai apresentar um projeto detalhado para a recuperação neste semestre. A obra será executada no ano que vem, mas alargamentos e duplicações de trechos mais críticos deverão estar incluídos.
Paulo Sérgio Passos afirmou, no entanto, que o projeto fará parte do PPI (Plano Piloto de Investimento), um conjunto de obras que serão executadas no próximo ano que não deverão ser atingida por contingenciamento (bloqueio) das verbas federais.
Rodovia com maior fluxo de veículos de Mato Grosso do Sul, os 830 quilômetros da BR-163 cortam o Estado de norte a sul, se configurando no principal corredor rodoviário para o transporte de grãos do Centro-Oeste para os portos do sul do País. A estrada é uma espécie de retrato de um fenômeno das últimas décadas – a deterioração da infra-estrutura que não acompanhou o ritmo de crescimento da produção nos estados da região.
Em vários trechos, o aumento do fluxo de caminhões pesados fez o asfalto cedeu e crateras brotaram no leito. A estrada, normalmente congestionada, é também a campeã absoluta das mortes entre as rodovias de Mato Grosso do Sul. Só este ano 61 pessoas morreram em acidentes na estrada.
Pedágio – A situação da 163 já fez o próprio governador Zeca do PT defender o uso das PPPs (Parcerias Público-Privadas) para a recuperação da estrada. A reboque da chegada da iniciativa privada, viria também o pedágio.
Hoje, ao informar que a recuperação da estrada será feita com dinheiro federal, o ministro negou categoricamente a intenção de implantar postos de cobrança ao longo do trajeto.
“Não faz parte da agenda do ministério incluir pedágios nas rodovias de MS”, disse.