O leilão do Trecho Oeste do Rodoanel paulista deve atrair consórcios formados por pesos-pesados do setor, o que acarretará uma forte competição. Mas, ao contrário do que ocorreu no leilão de rodovias federais, em outubro, a margem de desconto ofertada para os pedágios deve ser pequena. Para os especialistas, os lances devem se concentrar em uma estreita faixa de preços, e a decisão pode ser milimétrica. O teto tarifário proposto pelo edital é de 3 reais. Ganhará quem ofertar o menor preço.

O motivo é o modelo de licitação adotado pelo governo de São Paulo. No leilão federal, não houve cobrança da chamada outorga onerosa – um valor em dinheiro que deve ser pago pelo vencedor ao poder concedente da licença, em troca da exploração do serviço pelo prazo contratado. O critério para definir o vitorioso foi o de menor tarifa cobrada aos usuários. Assim, quem conseguisse montar uma equação capaz de gerar bons descontos de pedágio e, ainda assim, ter lucro, arrematava os lotes.