O massacre de animais silvestres nas rodovias do Estado vem se agravando nos últimos tempos.
Diariamente é possível verificar no trecho da BR 262 entre Aquidauana e Miranda, ou entre Aquidauana e Campo Grande uma grande quantidade de tamanduás, lobinhos e outros animais estatelados no asfalto.
Alguns exemplares são adultos e se encontram em plena fase de reprodução. O prejuízo ambiental é muito grande se levarmos em conta as perdas que cada morte dessas significa para essas espécies.
Lentos e com pouca mobilidade no solo duro e plano da rodovia os tamanduás se tornam presas fáceis para os motoristas menos atentos.
Alguns condutores de veículos afirmam que em certas ocasiões é impossível evitar os atropelamentos, mas sabe-se que um conjunto de ações poderia servir para amenizar o problema.
Mesmo sendo mais rápidos, os lobinhos também vem se tornando vítimas corriqueiras e os cadáveres que jazem nas estradas do estado denunciam que o desmatamento provoca o deslocamento dos animais em busca de água e alimento, tendo assim que atravessar as estradas.
Esse contexto coloca em risco a manutenção de diversas espécies da fauna pantaneira, além do agravante do risco de acidentes quando se tratar de animais de grande porte como antas e capivaras.
Ações visando a conscientização dos motoristas sobre os riscos de acidentes e os cuidados que se devem tomar nas estradas poderiam diminuir os números deste quadro de horror e destruição.
Caso medidas conjuntas não sejam tomadas, as rodovias do estado continuarão se convertendo num verdadeiro matadouro, proporcionando diariamente um espetáculo de degradação, desses que a natureza já está farta e que o mundo realmente não precisa mais assistir, do contrário os animais que atravessam a BR em busca de vida continuarão encontrando apenas a morte.