Perseguição começou no posto policial de RC e só acabou em Cordeirópolis, depois que os PMs atiraram contra os pneus do caminhão

Depois de uma perseguição que mobilizou policiais rodoviários de Rio Claro e região, N.S., de 33 anos, acabou preso sob a acusação de receptação e crimes de trânsito. Tudo começou na tarde de sábado, quando o motorista, ao lado de um outro homem que estaria armado, desobedeceu a ordem de parada dos policiais que realizavam uma blitz de rotina no posto policial de Rio Claro, situado no quilômetro 172 da Rodovia Washington Luís.

Os dois trafegavam apenas com o cavalo mecânico (só a parte da cabine) de uma Scania branca, no sentido interior-capital, e depois de passarem pelo bloqueio continuaram em alta velocidade. Durante a fuga, o motorista, além de trafegar em zigue-zague em alta velocidade, atravessou o canteiro central por diversas vezes, além de dirigir na contramão em diversos pontos da rodovia, na tentativa de escapar de três viaturas policiais que o perseguiam.

Chegando em Santa Gertrudes, a fuga alucinante continuou e, para escapar de mais um bloqueio, o motorista atirou o caminhão contra uma viatura da Guarda Municipal daquela cidade. Ele continuou a fugir e então foi montado um grande bloqueio próximo a Cordeirópolis. Perto do quilômetro 159, os pneus do caminhão foram furados pelos tiros disparados pelos policiais. Mesmo com os pneus furados, ele só parou cerca de 900 metros depois.

Mas isso ainda não foi suficiente para impedir sua tentativa de fuga. O acusado fugiu a pé e desarmado, mas acabou preso quando tentou entrar num ônibus. Os policiais descobriram que o cavalo mecânico havia sido roubado e o verdadeiro dono do caminhão foi localizado por volta das 18 horas em Atibaia. Como a polícia tinha localizado apenas o cavalo mecânico, não descarta a possibilidade de roubo de carga.

Na delegacia, o motorista tentou explicar o porquê da tentativa de fuga cinematográfica. Segundo a versão das autoridades, ele disse que foi recrutado “para um trabalho de frete” e só fugiu da polícia porque foi obrigado, já que de acordo com sua justificativa estaria sob a mira de um revólver. Seu suposto cúmplice não tinha sido localizado até o fechamento desta edição. Informações não-oficiais revelam que os policiais rodoviários dispararam mais de 30 vezes para parar o caminhão. Entretanto, até o fechamento desta edição, as autoridades não tinham confirmado essa informação.