Já estão concluídos os estudos preliminares e destinados os recursos orçamentários para a recuperação da BR-364 da divisa do Mato Grosso até o Acre. A obra – recapeamento de todo o leito da rodovia – deverá começar este ano e vai possibilitar uma solução definitiva para os problemas que hoje são registrados na estrada. Isso, porém, não descarta o trabalho de manutenção, serviço para o qual, à exceção do trecho entre o acesso ao Rio Preto e a fazenda Nova Vida, estão contratadas as empreiteiras responsáveis.
A informação é do superintendente regional do Dnit, José Ribamar da Cruz Oliveira, antes de seguir viagem na manhã de ontem para verificar pessoalmente a situação da rodovia de Porto Velho a Cacoal. Ele se fez acompanhar de dirigentes das empreiteiras para registrar os pontos precários e exigir providências imediatas para a melhoria das condições de trafegabilidade da estrada. “A situação não pode persistir” – disse ele, para quem é inaceitável essa história de culpar o período chuvoso pela precariedade dos serviços contratados. “Afinal – argumenta – o empresário assina o contrato conhecendo as peculiaridades climáticas da região e seu compromisso é para o ano todo”.
Com relação ao trecho mais crítico – Rio Preto-Nova Vida – Oliveira explicou que há pelo menos cinco anos nada se fazia ali porque a empreiteira contratada, a Planurb, havia abandonado o trabalho. “Agora, com poucos meses na superintendência do Dnit, conseguimos reverter a situação e rescindir o contrato. O trecho já foi licitado e o Dnit espera apenas o cumprimento dos prazos legais para assinar contrato com a empresa vencedora e dar início à obra”. Caso semelhante ocorreu com a empreiteira “ETP”, pertencente ao mesmo grupo da Planurb, que abandonou um trecho da BR-364 no sentido Porto Velho-Acre. Oliveira cancelou o contrato e contratou outra empreiteira, que já está trabalhando na área.
O superintendente do Dnit lembra, contudo, que as dificuldades hoje registradas no leito da principal estrada rondoniense decorrem de sua própria exaustão. Afinal, trata-se de um asfalto com 20 anos de existência que, quando projetado, não era possível prever o grande volume de tráfego pesado hoje existente. Uma estatística desenvolvida pela empresa Consol para a Prefeitura de Porto Velho registrou média de 1.200 carretas diárias, a maioria composta por rodotrens, com 30 metros de comprimento. “A 364 não foi preparada para suportar tamanha intensidade de tráfego pesado. Somente sua reforma poderá evitar a repetição dos problemas hoje registrados” – concluiu Oliveira.