Dr. Alysson Coimbra afirma que o cinto é fundamental e não existe momento seguro para ficar sem ele no ônibus Foto: Divulgação

De acordo com o especialista, o Seguro DPVAT cumpre o papel social, de assistência, tentando minimamente reparar a vítima e familiares em uma questão financeira

Em entrevista exclusiva para o podcast “A Voz do Trânsito”, Alysson Coimbra, diretor da Associação Mineira de Medicina de Tráfego (Ammetra), afirmou que “o trânsito precisa ser entendido como uma questão de saúde pública. São jovens, de 18 a 35 anos, que se envolvem em acidentes de trânsito”. Neste sentido, o especialista aponta que o Seguro DPVAT vem, então, cumprir esse papel social, de assistência, tentando minimamente reparar a vítima e familiares em uma questão financeira. “Temos que entender a importância e a abrangência do Seguro”, declara Alysson.

Na pauta do sexto episódio do podcast também foram expostos dados alarmantes da violência no trânsito brasileiro. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, a cada hora, 20 pessoas dão entrada com ferimentos graves nos hospitais do país em decorrência de acidentes de trânsito. “Pela gravidade dessas feridas, cinco não sobrevivem. Ou seja, mais de 120 famílias por dia são marcadas pela dor, pela surpresa e pela triste notícia do óbito de alguém que ama”, pontua Alysson.

E o último levantamento da Seguradora Líder reitera esses números: de janeiro a novembro de 2020, mais de 280 mil indenizações foram pagas devido a acidentes no trânsito nacional. Destas, mais de 30 mil foram destinadas para familiares de vítimas que vieram a óbito. Alysson lembra, ainda, que diante da atual situação socioeconômica da população brasileira faz com que a maioria das pessoas não tenha uma reserva mínima para situações de urgência, tais como custear todas as despesas que cercam a tragédia de um óbito.

O especialista ressalta, também, que há uma outra grande preocupação acerca dos acidentados do trânsito, que são aqueles que ficam inválidos: “Temos que falar também de todos sequelados. As sequelas, na maioria das vezes permanentes, muitas vezes nos jovens e motociclistas, têm afetado sim o perfil de trabalho de toda uma população, interrompendo uma cadeia produtiva. Muitas vezes esses jovens são os responsáveis pelo sustento de suas famílias e o trânsito muda drasticamente a história física, social e econômica de inúmeras pessoas”.

E sobre essa importante parcela de acidentados, que são os motociclistas, o especialista reforça que, apesar de representar menos de 1/3 da frota nacional, as motos são responsáveis pela maior parte das solicitações de indenização nas três coberturas oferecidas pelo DPVAT. E aponta: “Hoje, um acidente moto ciclístico custa aos cofres públicos mais do que 20 vezes – ou até 30 vezes – o valor do veículo. Estima-se pelo IPEA que o custo operacional de um acidente de trânsito que envolva um óbito chega a quase R$ 780 mil”.

Alysson reforça, ainda, a necessidade de políticas públicas voltadas para esta parcela da população: “temos que entender que há uma cadeia muito grande de jovens incapacitados e sequelados, que precocemente sobrecarregam a previdência social, pleiteando um benefício. E muitas vezes, nessa condição imediata, benefício que não sai em seis meses ou mesmo um ano. E há situações em que a renda chega a zero. Mudando drasticamente a faixa social de toda uma família, colocando-a até mesmo abaixo da linha da pobreza. O trânsito é implacável: tira vidas, deixa sequelas, muda histórias sociais”.

Para ouvir a entrevista completa, acesse as plataformas de streaming clicando em um dos links abaixo e faça login ou crie uma conta. Na sequência, pesquise por “Seguro DPVAT”.

Fonte: Seguradora Líder