A recuperação do quilômetro 81 da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98) exigirá 15 mil metros cúbicos de terra, o equivalente a cerca de 18 mil toneladas. O problema é que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ainda não sabe de onde vai tirar tanta terra, que servirá de base para a recuperação de cerca de 500 metros da pista levada pela erosão no começo da década passada.O DER, contudo, admite não saber como conseguirá realizar as 1,5 mil viagens de caminhão para aterrar parte da ribanceira na margem direita da estrada (no sentido Mogi das Cruzes – Bertioga). Só que antes do aterro que permitirá a recuperação da pista, o Departamento de Estradas de Rodagem depende da licença ambiental para executar o serviço.
De acordo com o engenheiro do DER responsável pela restauração do acesso, Rubens Marcelo Manhanini, a autorização foi solicitada junto ao Departamento de Uso do Solo Metropolitano (Dusm) há cerca de 20 dias: “Protocolamos uma solicitação para fazer a recuperação da erosão (aterro). Para recuperar a estrada, a licença já foi concedida no começo da obra em 2005. Para esclarecer melhor é bom informar que o túnel para passagem da fauna foi licenciado em separado. Agora, esperamos a licença para a recuperação do solo”, explicou Manhanini, durante vistoria na obra do túnel que está sendo executada por uma empresa subcontratada pela EIT.Vencedora da concorrência pública promovida pelo DER, a EIT está finalizando os serviços de recuperação da estrada entre os quilômetros 55 e 98.
O trecho do km 81 ficou para trás por causa da falta de licenças ambientais que, na semana passada, começaram a ser liberadas. Ao todo, a recuperação da SP-98 custará R$ 34,4 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões serão gastos somente no chamado início da serra, como também é conhecido o quilômetro 81. Na tarde de ontem, o diretor do Dusm para Mogi e região, José Abílio, explicou que, até o final deste mês, o seu departamento concluirá a avaliação do pedido e poderá liberar a obra no local, prejudicado há cerca de 15 anos por uma erosão que levou parte da pista para a ribanceira. 60 diasAntes de o Dusm informar que a licença deverá ser concedida em 15 dias, o engenheiro Manhanini garantiu que, após o licenciamento ambiental, o DER precisará de 60 dias para aterrar e recuperar a pista no km 81. Se os prazos forem confirmados, o serviço poderá ser concluído no final de setembro. Ainda conforme Manhanini, a obra será simples, apesar de ainda não se saber de onde será retirada a terra que será utilizada no local.