Os reflexos do fechamento da pedreira da empresa Setep, no bairro Rio Maior, em Urussanga, na última quinta-feira, já começam a aparecer. Enquanto a Justiça Federal não se pronuncia quanto ao pedido de prorrogação por parte da construtora para manter a unidade em funcionamento, a revitalização da SC-446, entre Urussanga e Orleans, parou pela segunda vez. A falta de material britado impede que a empresa possa dar continuidade ao serviço na rodovia. E a data para a inauguração do trecho, adiada por diversas vezes, e que estava prevista para ocorrer no início do segundo semestre, pode não acontecer.

O diretor-presidente da empresa Setep, José Locks, informa que, por enquanto, as máquinas não serão retiradas do trecho, até porque ele acredita que seja concedida a prorrogação para o funcionamento da pedreira. A direção da empresa está tentando agendar uma audiência com o juiz substituto na tentativa de entrar em acordo.

Após três dias de atividades suspensas, ainda tem material britado estocado, mas o maior problema seria a impossibilidade do funcionamento da usina. “As demais obras de pavimentação que assumimos na região seguem em ritmo normal porque ainda estão em fase que não precisam do material fornecido pela pedreira”, diz.

O secretário de Desenvolvimento Regional de Criciúma, Gentil da Luz, informa que o Estado trabalha com a possibilidade de inaugurar a obra entre o final de julho e o início de agosto, mas admite que a data pode sofrer alteração caso a Justiça não se manifeste até o final desta semana. “Como a revitalização da SC-446 está dentro do Bird-4, temos que entregá-la até setembro para que o Estado possa começar a receber os recursos para a execução dos projetos previstos no Bird-5”, informa.