As obras de recuperação da ponte no km 349 da BR-116, no município de Campanário, no Vale do Rio Doce, começam em 15 dias. A informação foi confirmada terça-feira pelo supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Teófilo Otoni, José Carlos Maia. O trecho começou a apresentar problemas no fim de semana. O asfalto não resistiu às chuvas e ao excesso de peso dos caminhões que usam a rodovia e começou a afundar. Entre sábado e segunda-feira, a pista chegou a ficar totalmente interditada por duas vezes, formando longos congestionamentos. Desde segunda o trecho está liberado em apenas uma pista, deixando o tráfego lento.

Segundo Maia, as obras, orçadas em R$ 300 mil, foram liberadas pelo governo federal em caráter de urgência, sem a necessidade de licitação. Uma empresa de Teófilo Otoni vai executar o trabalho, que deve demorar até quatro meses. “No local, vamos substituir as manilhas de alumínio, que servem para dar vazão ao Córrego Água Preta, por manilhas de concreto, que vão solucionar de vez o problema”, disse o supervisor do Dnit, que na terça-feira pela manhã esteve no local para avaliar as condições da ponte. “Acho pouco provável o trecho ser novamente interditado. Até o fim das obras, ele vai funcionar em meia pista”, garantiu Maia. Policiais rodoviários estão no local coordenando o tráfego.

A ponte foi construída há 15 anos. De acordo com o Dnit, a estrutura de metal das manilhas está corroída. O excesso de peso, principalmente dos caminhões de carga, e as chuvas dos últimos dias contribuíram para agravar o problema. Terça-feira, funcionários do órgão jogaram mais uma camada de massa asfáltica sobre a pista para garantir que o piso não volte a ceder. “Esse trecho já apresentou o mesmo problema outras três vezes nos últimos anos”, comentou.

No sábado, o asfalto começou a afundar logo de manhã. À tarde, a pista foi parcialmente interditada, mas às 17h o Dnit recomendou a interdição do trecho para evitar maiores problemas. No dia seguinte, funcionários do departamento usaram massa asfáltica para corrigir a depressão de 80 centímetros que se formou na pista. À noite a via foi liberada, porém a obra emergencial não resistiu e, por volta das 22h, a rodovia foi novamente fechada. Na segunda-feira, a pista foi novamente bloqueada porque o asfalto voltou a ceder. O tráfego só pôde ser liberado nove horas depois.

A BR-116 é uma das mais movimentadas do país. Por dia trafegam por ela cerca de 8 mil veículos, mais de 60% são caminhões, carretas e ônibus. A estrada é também a principal ligação entre as regiões Sul e Sudeste ao Nordeste brasileiro.