A OHL Brasil vai patrocinar o restauro de duas telas do pintor Benedito Calixto. As obras fazem parte de um acervo de 13 telas que datam de 1923 a 1927 e que estão expostas na Igreja Matriz de São João Batista, em Bocaina. A cidade conseguiu a captação de recursos da iniciativa privada por meio de um projeto aprovado junto ao Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.
Os trabalhos já começaram e estão aos cuidados dos profissionais do atelier Raul Carvalho, empresa renomada com diversos trabalhos em museus e igrejas do país. A OHL investe em projetos de responsabilidade social e por meio da Lei Rouanet patrocina desde 2005 a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. No ano passado contemplou o projeto “Amigos da Estrada” e a publicação da Revista Porta Luvas que está na edição de número sete . Em 2007 a verba foi destinada à ópera “Il Rigoletto” e para o projeto “Doutores da Alegria”, que superou em cerca de 21% o número de crianças atendidas em relação ao ano anterior, graças ao patrocínio de empresas como a Centrovias e a Intervias.
Patrocinar a obra de um dos maiores pintores brasileiros, assim como ações culturais e artísticas de valor, é uma das prioridades no trabalho da empresa. “Graças à visão de preservação da cultura regional da OHL estamos conseguindo recuperar o nosso maior patrimônio histórico“ comenta o prefeito de Bocaina, João Francisco Bertoncello Danieletto. De acordo com o prefeito o trabalho de restauro também pode incentivar o aumento do turismo na cidade. As 13 telas foram encomendadas ao pintor em 1920 pelo Cônego José Mendes de Abreu (padre da Matriz na época) e feitas especialmente para a Igreja Católica.
O último trabalho de recuperação foi realizado na década de 70. Benedito Calixto de Jesus nasceu em Itanhaém em 1853 e na adolescência mudou-se para Brotas onde pintou os primeiros quadros. A convite e patrocinado pelo Visconde de Vergueiro o pintor estudou em Paris de 1883 a 1885. De volta ao Brasil dedicou-se exclusiva e exaustivamente à arte, fazendo vários discípulos como a própria filha, Pedrina Calixto Henrique, cuja obra possui grande semelhança com a do pai. O pintor faleceu em São Paulo em 31 de maio de 1927 e está enterrado em São Vicente.