A situação é crítica na maior parte das paradas localizadas às margens da BR-10118/10/2008 – Tribuna do Norte
Telhas quebradas, rachaduras no concreto de armação e ausência de bancos. Esses são alguns problemas que os usuários de transporte intermunicipal precisam enfrentar diariamente enquanto esperam os ônibus e alternativos nas paradas da BR 101. Já na saída da Avenida da Integração os passageiros buscam a sombra de um poste para fugir do sol. “É horrível esperar aqui”, disse a professora Liliane Silva. À medida que a via se aproxima do município de Emaús, o descaso aumenta.
Uma parada logo após o depósito de uma rede de supermercados oferece risco aos usuários: parte da viga que sustenta as telhas quebrou, e um pedaço de madeira improvisado une fragilmente os dois pedaços. Quando chove, as goteiras atrapalham, e as duas estruturas de concreto estão rachadas. “Está há mais de um ano assim, temos medo que caia, mas fazer o que?”, disse Edson Andrade, que diariamente utiliza o local.
Em frente à empresa Brasilnox, à margem da rodovia, mais um exemplo de falta de estrutura. O teto do abrigo quebrou, e o que sobrou dos bancos foram as armações. A base de estrutura que sustenta o telhado dá sinais de deterioração. Na altura do posto BR da Petrobrás, o gerente de fazenda, Francisco Wellington Araújo. improvisou um capacete de moto como banco, e uma placa de sinalização oferecia a sombra para esperar o ônibus para Vera Cruz. “Estou há três horas aguardando, são 11h45 e cheguei às 7h30”.
O aposentado Cícero Costa, além da falta de um local adequado para esperar o ônibus “J”, disse que dependia da boa vontade dos motoristas. “Eles param quando querem”, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE presenciou o momento em que mesmo acenando para pedir parada, o veículo passou direto, ignorando o idoso. E para quem utiliza os abrigos no sentido para Natal na BR 101, o problema não é menos grave. Uma das paradas era sinalizada apenas com bancos de concreto, que o sol impedia que os usuários sentassem. Em outra adiante, o escombro de telhas e concreto em meio ao mato crescido também deixava os passageiros sem opção senão ficar em pé no sol. “É desconfortável esperar aqui”, disse a universitária Maria Milena Sousa.
A falta de estrutura e reclamação dos usuários foram constatadas em todos os abrigos visitados da rodovia. Dentro de Natal, as paradas da BR-101 são de metal, e de responsabilidade da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU). A assessoria de imprensa do DER/RN, explicou que o órgão é responsável apenas pela antiga parada intermunicipal próximo à Sam`s Club, e que as demais são do Dnit. A assessoria de imprensa do Dnit informou que as paradas da rodovia são de responsabilidade do DER/RN.