Produtos da cesta básica como arroz, amidos, sabão em pó e até um suposto fardo de pratos de papelão oco no centro estavam sendo usados para esconder drogas, como maconha e haxixe. Quem descobriu o disfarce foi a PRE (Polícia Rodoviária Estadual). Agentes lotados na base operacional da rodovia MS-156 em Amambai prenderam em frente à base PRE, o paraguaio Daniel Irala Escobar de 19 anos.
Ele é residente em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com Ponta Porã no Brasil, foi preso por volta das 9 horas quando viajava em um ônibus de transporte intermunicipal de passageiro transportando, em fardos de plástico, várias embalagens de produtos da cesta básica recheadas com drogas.
No total foram apreendidos 25,1 quilos de maconha e 1.500 esferas de haxixe que depois de pesada totalizou 970 gramas da droga.
Segundo Daniel que estava usando documentação brasileira falsificada na hora da abordagem e afirmou já ter sido preso com 150 quilos de maconha em Presidente Prudente em São Paulo quando ainda era menor, a droga teria saído da região de Ponta Porã e seria levada para a cidade de Umuarama no Paraná.
Daniel Escobar disse ainda que o entorpecente apreendido era de sua propriedade. Segundo ele a maconha e o haxixe foram comprados por cerca de R$ 1.600,00 na região de fronteira com o Paraguai e a estimativa seria vender por pelo menos R$ 9 mil reais no Paraná, já que cada quilo de maconha havia sido adquirido por R$ 20,00 e seria vendido por pelo menos R$ 250,00.
O paraguaio foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Amambai para ser autuado em flagrante por tráfico de drogas e deverá permanecer preso do EPAm ( Estabelecimento Penal de Amambai) à disposição da Justiça.
A Polícia Civil de Amambai assumiu as investigações do caso. Fato freqüente- Segundo o Sargento PM, De Souza que comandou a equipe da PRE durante a abordagem do ônibus e a apreensão da droga, a utilização de embalagens de produtos da cesta básica para transportar entorpecentes tem sido registrado com grande freqüência na região de fronteira entre Brasil e Paraguai.
“Já realizamos várias apreensões de drogas transportadas dessa forma. Na tentativa de ludibriar a fiscalização da polícia em muitos casos os traficantes acabam escondendo o entorpecente em meio aos produtos dentro das próprias embalagens”, informou o policial.