Entre as atrações, a Maria Fumaça, conhecida como o ‘trem do vinho’, faz sucesso; os visitantes embarcam na locomotiva a vapor na estação de Bento Gonçalves (RS)
A nostalgia é um dos principais ingredientes da viagem de trem pelos trilhos históricos do Rio Grande do Sul. A experiência combina com a beleza natural e proporciona uma imersão na cultura gaúcha.
Ao embarcar nas estações, os passageiros são transportados para um tempo em que as ferrovias eram a espinha dorsal do transporte no Brasil, conectando cidades e pessoas de maneira única, além de prazerosa.
O roteiro proporciona um passeio repleto de tradição e sabores. Ligando passado, presente e futuro, o turismo na região da uva e do vinho se mistura com a história sobre os trilhos das ferrovias centenárias.
Conhecido como o trem do vinho, a Maria Fumaça é uma das grandes atrações da Serra Gaúcha. Os visitantes embarcam na locomotiva a vapor na estação de trem da cidade de Bento Gonçalves (RS) – patrimônio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Os passageiros percorrem os trilhos da ferrovia até as cidades de Garibaldi (RS), cuja estação também é de responsabilidade da autarquia, e Carlos Barbosa (RS), um percurso de 23 quilômetros. O passeio de trem à moda antiga tem duração de quase duas horas.
Mergulho na tradição gaúcha
Durante o trajeto, os visitantes iniciam não apenas uma viagem, mas também se lançam em um mergulho profundo nas ricas tradições de nossos antepassados. Ao longo da viagem, os vagões do trem viram palco para apresentações artísticas de música, teatro e dança. Além de apreciar a programação musical e cultural e aprender mais sobre a história do Rio Grande do Sul, um dos atrativos dos passeios é a degustação de vinhos e sucos de uva produzidos na região. Os visitantes podem experimentar provas das bebidas nas estações em que a Maria Fumaça passa.
Passado e futuro
Na Campanha Gaúcha, a atração é o Trem do Pampa, o primeiro modelo leve sobre trilhos. O passeio começa na estação de trem da cidade de Sant’Ana do Livramento e faz uma parada na estação de Palomas, ambas são patrimônio do DNIT.
Durante três horas, os visitantes percorrem 20 quilômetros de estrada de ferro dentro do município, a quase 500 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS), na fronteira do Brasil com o Uruguai.
As estações de Sant’Ana do Livramento e Palomas foram revitalizadas recentemente. As estruturas são administradas pela empresa Giordani Turismo. Para o diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT, Eloi Palma Filho, essa atuação entre os poderes público e privado não só passará a ofertar uma atividade turística e movimentação na economia, como irá preservar um patrimônio público sem sobrecarregar o erário.
Sobre trilhos do trem moderno, com capacidade para 100 pessoas, os passageiros podem apreciar as vastas planícies verdejantes dos pampas e fazer uma imersão na tradição e na cultura do Rio Grande do Sul. Os clássicos da música gaúcha, os vinhos finos da região e as deslumbrantes paisagens se entrelaçam para criar uma experiência memorável aos visitantes.
Uma das opções de roteiro, é a visita a vinícolas. A Campanha Gaúcha é a segunda maior região produtora de vinhos finos do Brasil e concentra alguns dos maiores e mais antigos vinhedos ainda produtivos do país. Os nomes de dois vagões do trem foram batizados em homenagem a uvas bastante comuns por lá, como Tannat e Cabernet.
Com informações da Ascom do Dnit
