Sueli Dias e Silva, diretora financeira de uma multinacional, gasta boa parte de seu tempo no trânsito. São ao menos duas horas por dia, ou 400 horas por ano (a considerar cerca de 200 dias trabalhados), algo como 17 dias do ano, para fazer o trajeto de ida e volta entre o seu trabalho, na avenida Luiz Carlos Berrini, principal centro empresarial da cidade de São Paulo, zona oeste, e sua casa no Tatuapé, na zona leste, a 23 km dali.

A informação é da reportagem de Ricardo Gallo publicada na edição deste domingo da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL.

Enquanto a vida corre, a executiva está parada no trânsito, o que, em São Paulo, a torna mais regra do que exceção: pesquisa do IBGE divulgada em abril aponta que, tal qual Sueli, um a cada quatro moradores da cidade perde entre uma e duas horas ao ir para o trabalho, de carro, ônibus ou metrô -sem contar o tempo da volta.

Na última sexta-feira, a cidade bateu recorde de congestionamento: 295 km.