BRASÍLIA – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que, se o Congresso não votar rapidamente o Orçamento Geral da União, obras do governo federal, executadas com recursos do ano passado, serão paralisadas. Segundo ele, além disso, o governo terá de editar medidas provisórias para assegurar o dinheiro previsto na proposta enviada ao Congresso em agosto do ano passado.
– Eu sei que há, no Congresso, um sentimento contrário às medidas provisórias, mas, se o Orçamento não for votado, vamos começar a editar MPs para garantir os recursos – afirmou.
Entre os projetos que poderão ser paralisados, o ministro citou obras em rodovias e o programa de revitalização e transposição do São Francisco.
– Espero que o Congresso vote logo, porque há muitos projetos importantes que estão sendo realizados com o Orçamento do ano passado. Sem o Orçamento deste ano, numa hora, vamos ter de parar essas obras – argumentou Paulo Bernardo, antes de participar de reunião do o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Ex-deputado, Paulo Bernardo reclamou da demora do Congresso em aprovar a proposta, mas não estabeleceu um prazo limite para que a votação aconteça:
– Sempre defendi paciência com o Congresso, que o Congresso tem seu tempo de discussão, seus interesses regionais, mas temos de esperar até um determinado limite.