O grande terror dos motoristas que utilizam as estradas sob regime de concessão a empresas privadas em São Paulo é o alto custo dos pedágios, segundo a 11ª rodada da Pesquisa de Satisfação do Usuário, realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O índice de usuários que considera a tarifa alta e muito alta é de 73%, contra 25% que acreditam que o valor é adequado. Esse porcentual de reclamação teve leve queda em comparação ao ano anterior, quando 77% reclamaram do custo.
“O valor é muito alto. Os caminhoneiros têm enorme dificuldade para conseguir algum ganho no frete”, reclamou Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos do Estado de São Paulo. Já para a Artesp, a variação mais significativa mostrada na pesquisa foi a elevação no número de motoristas que acham o valor do pedágio adequado, que subiu de 21% para 25%.
Antonio Henrique Garcia, gerente da Marbi Transportes, de São José do Rio Pardo, fez a conta de quanto custam os pedágios. Um caminhão da frota, que rodou 6.503 quilômetros em outubro, percurso Rio Pardo-capital, gastou R$ 3.209 com óleo diesel e R$ 1.344 com pedágios. Outro veículo da Marbi, que percorreu 10.709 quilômetros no mesmo mês, gastou R$ 6.120 com diesel e R$ 2.246 com pedágios.