Curvas, falta de acostamento e má conservação da estrada são os principais problemas enfrentados pelos usuários que trafegam pela PR 158, que liga Laranjeiras do Sul a Palmital. Desde a inauguração, em 1989, a rodovia também tem sido local de inúmeros acidentes fatais. Motoristas de motocicletas, caminhões e veículos leves perdem-se nas perigosas curvas. “Desde que saiu a rodovia acontecem os acidentes. Até agora não foi tomado nenhuma providência”, diz o mecânico Pedro Kuzniarski, que reside há 43 anos em Palmital.
Uma solução para esta situação é o que busca a administração municipal de Palmital e as entidades locais. Segundo a assessoria da prefeitura, em 2005 o prefeito Darci Zolandek fez um pedido ao Departamento de Estradas e Rodagem, em Guarapuava, e na época foi realizada uma operação tapa-buracos. Mas o perigo da falta de acostamento e das curvas estreitas continua atrapalhando quem precisa trafegar na região.
Para o presidente da Associação Comercial de Palmital, João Sartori, quem mais perde com as condições da rodovia é o comércio local. “Encaminhamos através do Rotary Clube vários ofícios, pedindo a conservação pois há buracos, mato invadindo a pista e animais soltos. Quem perde com isso é o comércio, pois poderíamos vender para a população de Goioxim e Laranjal”, lamenta Sartori. Segundo ele, em parceria com o DER foi alargada uma das curvas, próxima à ponte do Rio Piquiri. “Bancamos a despesa da esteira para vir arrumar a curva que mais dá acidente”. O segundo trecho mais perigoso, na avaliação dos motoristas, é logo após o laticínio, na saída de Palmital.
Imprudência
Para o chefe regional do DER, Otto Milton Schenfelder, a maior parte dos acidentes acontece devido a imprudência. “Esta estrada é para velocidade máxima de 80 km/hora e a maior parte tem sinalização para 60. As pessoas reclamam mas não obedecem a legislação. O grande problema é o excesso de velocidade e a imprudência. Se respeitassem os limites de velocidade os acidentes não ocorreriam”, defende.
Schenfelder informou que na região de Guarapuava só há uma estrada de responsabilidade do DER liberada para velocidade 110: a PR 466 entre Guarapuava e Pitanga, que tem traçado com raios longos. “Não são todas as estradas que podem ter velocidade a 110. Isso tem tem que ficar claro”, ressalta. Segundo o DER, não existe previsão de quando será construído o acostamento, o que geraria o custo de uma estrada nova.