Neste ano, já são 183 focos de queimadas às margens da rodovia 277
O período de estiagem coloca em alerta a Concessionária Rodovia das Cataratas. A falta de chuva na região aumenta o risco de incêndios e queimadas. Neste ano, já são 183 focos às margens da rodovia 277 – trecho entre Guarapuava e Foz do Iguaçu. Em 2005, foram registrados 355 focos contra 460 no ano passado.
De acordo com o gerente de Meio Ambiente da concessionária, Sérgio Ferreira de Lima, apesar das campanhas educativas e do trabalho conjunto com diversos órgãos como Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ibama e Polícia Florestal, os números continuam altos. Para a Concessionária, a antecipação do período de queimadas representa mais trabalho. Além das ocorrências rotineiras de trânsito, é preciso monitorar o trecho diuturnamente. A geada, em algumas regiões, contribui para que a vegetação sirva de combustível.
Como as causas dos incêndios são diversas, a Concessionária apela para que a população, bem como os usuários, se conscientizem dos danos e perigos que as queimadas provocam. Além das campanhas preventivas, a Rodovia das Cataratas disponibiliza toda a sua estrutura operacional para o combate das queimadas, sendo três caminhões pipa, com capacidade para transportar 18 mil litros de água.
PARQUE NACIONAL – A maior preocupação da empresa é em relação ao Parque Nacional do Iguaçu (PNI), tombado pelo Patrimônio Natural da Humanidade e que abriga valiosíssimos remanescentes da Mata Atlântica, além de inúmeras espécies em extinção. Com a redução das chuvas neste período, aumenta o risco de incêndio no Parque Nacional do Iguaçu, situação agravada pela dificuldade de combate ao incêndio, devido à sua situação geográfica. A BR 227 margeia o Parque por mais de 25 quilômetros, daí a dimensão da responsabilidade da Concessionária e órgãos ambientais.
PENALIDADES – A Concessionária alerta os usuários sobre as conseqüências dessa prática, principalmente em relação ao perigo de acidentes nas estradas e as penalidades para quem for flagrado promovendo queimadas irregulares. Os infratores estarão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). As penas podem chegar a prisão (de três a seis anos) e multas que variam de 50 reais a 50 milhões de reais.