Motoristas que hoje passam de graça terão que desembolsar R$ 2,70. Governo diz que investimentos e tarifa menor compensarão motoristas.
Os motoristas que utilizam a pista expressa da rodovia Castello Branco para chegar e sair de São Paulo terão de pagar pedágio de R$ 2,70 a partir 2010.
Atualmente, quem chega e sai de São Paulo passa livre pela pista expressa. Só pagam tarifa de R$ 6,30 os motoristas que utilizam as pistas locais da Castello na altura do km 18. Com a mudança, todas as pistas da Castelo, expressas e locais, terão pedágio de R$ 2,70.
Os motoristas que se dirigem para o interior do estado continuarão pagando pedágio na altura do km 34 – já existente -, mas o valor será rebaixado de R$ 10,80 para R$ 5,40. Quem transita no sentido capital continuará com passagem livre no mesmo ponto.
O secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, afirma que além de possibilitar investimento de R$ 168 milhões, a mudança vai ajudar a reorganizar o trânsito na Castello, sobrecarregado na pista expressa, que não tem pedágio, e livre nas pistas locais pedagiadas.
“Como temos duas pistas, uma em cada sentido, não pedagiadas e duas pedagiadas, há uma distribuição desigual do fluxo, indesejável. Tem algumas pessoas que pagam e outras que não pagam, sendo que as que não pagam têm os mesmo direitos de assistência das que pagam”, afirmou.
Arce disse que a cobrança de pedágio só entrará em vigor depois que os motoristas conhecerem os benefícios das obras pagas pela concessionária.
Contrapartida
A partir de dezembro deste ano, de acordo com ele, a concessionária iniciará obras de construção de uma nova ponte sobre o Rio Tietê, ampliação dos acessos às marginais Pinheiros e Tietê e ampliação do trevo da rodovia no acesso a Jandira. O G1 pediu detalhes das obras à concessionária, mas não obteve retorno.
“A mudança na cobrança do pedágio só ocorrerá depois das obras. As obras devem estar prontas até o dezembro de 2009 e só daí será feita a cobrança”, disse Arce.
O secretário afirmou que realizou pesquisa para avaliar a opinião da população sobre a cobrança do pedágio e a maioria dos entrevistados, 84% respondeu positivamente à mudança.
“Claro que não houve a pergunta: você não paga pedágio, você quer pagar pedágio? Nós perguntamos: se fizer obra, se a situação melhorar, você entende que seria adequada a cobrança? “, disse o secretário.