Levantamento mostra que acidentes podem diminuir até 80% se mudança for realizada.
São Leopoldo – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São Leopoldo aguardará até a semana que vem por uma posição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre a solicitação de retirada do conjunto de sinaleiras que ficam entre os quilômetros 249 e 250 da BR-116, na saída da Unisinos, feita na segunda quinzena de janeiro. Caso não haja uma posição oficial, a superintendência gaúcha da PRF deve encaminhar o caso ao Ministério Público Federal (MPF) a fim de originar uma ação civil-pública solicitando a desativação do semáforo. A afirmação é do chefe da 1.º Delegacia da PRF do bairro Scharlau, inspetor Alfonso Willembring Júnior. O escritório local do Dnit informou que o equipamento deve ser retirado com a construção do viaduto previsto para o local dentro das obras projetadas para a rodovia por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O inspetor reconhece a importância do viaduto para a estrada, mas ressalta que a situação do trecho não pode esperar. ‘‘Temos a passagem de uma média de 55 mil veículos por dia e o local apresenta alto grau de risco para os motoristas tanto na parte de congestionamentos como também de acidentes. A retirada da sinaleira no quilômetro 249, sentido capital/interior, seria a mais urgente pelo fato de ser o meio de retorno dos alunos a Porto Alegre’’, afirma Willembring. Já a sinaleira no sentido interior/capital, que fica na Churrascaria Schneider, permanece.
Segundo ele, a solicitação apresenta números que comprovam a necessidade de que algo seja feito com urgência. ‘‘As sinaleiras ficaram desativadas entre os dias 24 de outubro e 24 de novembro do ano passado devido a um acidente. Nesse período, tivemos o registro de três acidentes. Já no período anterior, entre 24 de setembro e 24 de outubro, foram 19 ocorrências’’, aponta o patrulheiro.
Retorno
A solução apontada pela PRF é fazer com que os veículos que saem da Avenida Unisinos andem mais um quilômetro adiante e façam o retorno para a capital com mais segurança por baixo do viaduto da Avenida João Corrêa, principalmente nos horários das 18h30 às 19h30 e das 21h30 às 22h30. O policial rodoviário afirma saber da licitação que deve ser aberta para construção do viaduto. ‘‘Porém, estão em obras no bairro Rincão, em Novo Hamburgo, e acredito que mesmo com a licitação concluída deve demorar para começarem a mexer no acesso à universidade.’’
O engenheiro do Dnit em São Leopoldo, Carlos Adalberto Pitta Pinheiro, aponta que concorda com a posição da PRF sobre o trecho e ressalta que o objetivo das intervenções previstas para a BR-116 tem por finalidade torná-la uma via expressa, sem sinaleiras.
Lentidão na saída do câmpus
Além de todo o transtorno causado pelos engarrafamentos na BR-1116, os estudantes da Unisinos também estão tendo problemas de lentidão nas saídas dos estacionamentos da universidade. A situação chegou ao Setor de Transporte Administrativo da instituição, que divulgou algumas situações verificadas por meio das câmeras de vigilância e medidas que podem evitá-las. Em relação aos motoristas, a principal dica é que tenham em mãos o cartão do estacionamento, para reduzir o tempo de saída. De acordo com a Unisinos, cada usuário tem demorado uma média entre dez e 12 segundos entre chegar à cancela e deixá-la, em razão de gastar preciosos segundos procurando o cartão na bolsa ou na carteira.