A Polícia Rodoviária Estadual de Santa Catarina recomenda que as pessoas evitem pegar a estrada enquanto as chuvas não pararem. Em todo o estado, trechos de rodovias cederam ou foram atingidas por deslizamentos de terra, interrompendo ou limitando o tráfego de veículos.

“Devido às condições das rodovias, pedimos que as pessoas evitem se deslocar a passeio ou por outros motivos que não sejam necessários, deixando a viagem para outra oportunidade”, aconselhou o sub-comandante do Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, major Norberto de Souza.

Segundo o major, é cedo para dizer em quanto tempo a situação das rodovias será normalizada.

“Ainda não há como estabelecer uma data em que as rodovias serão desobstruídas. O Deinfra [Departamento Estadual de Infra-Estrutura] está procurando agilizar a recuperação dos locais mais atingidos, mas, em alguns lugares, o volume de material acumulado na pista é muito grande. O próprio clima não está colaborando e a chuva continua. O trabalho, com certeza, vai levar algum tempo”, afirmou o major à Agência Brasil.

De acordo com Souza, a Polícia Rodoviária Estadual montou um esquema especial para dar conta dos problemas causados pelas chuvas que há cerca de 60 dias castigam Santa Catarina. Vários policiais foram remanejados de regiões menos atingidas.

“Todos os 563 homens de que dispomos no estado estão direta ou indiretamente empenhados ou mobilizados. Quer seja em suas próprias sedes, quer seja em outros postos onde sua presença se fez necessária”, informou o major.

A situação mais grave, segundo ele, se encontra no Vale do Itajaí. Na região, há cidades como São João Batista Blumenau completamente isoladas. Em Blumenau vários bairros estão ilhados. O acesso a Pomerode e Brusque é “complicado”, pois as rodovias estão interditadas.

A situação também é “crítica” na Grande Florianópolis, onde parte da rodovia BR-101 foi interditada após a pista ter cedido na altura da cidade de Garuva. Para quem precisa se deslocar da capital catarinense para Curitiba ou Porto Alegre, ou vice-versa, a alternativa é utilizar a rodovia estadual da Serra do Rio do Rastro. Quem vem do Sul deve acessá-la em Criciúma ou em Tubarão. Quem faz o sentido inverso, seguindo para o Sul, deve pegar a estrada na altura do município de Urubici. Mas Souza recomenda atenção. “O trânsito de veículos na Serra está intenso nos dois sentidos”.

De acordo com o major, os caminhoneiros são os que mais sofrem com as restrições ao tráfego. “Há pontos em que os desvios ou a utilização de acostamentos só são permitidos aos veículos leves. O trânsito de veículos pesados está mais restrito. Muitos caminhoneiros têm se postado ao longo das rodovias, em postos de abastecimento, aguardando que a situação melhore”. Além do risco para os motoristas a dificuldade no tráfeo ameaça o abastecimento de produtos no estado, principalmente de gêneros alimentícios.

Informações atualizadas sobre a situação das estradas estaduais e federais que cortam Santa Catarina podem ser obtidas no site da Defesa Civil do estado. http://www.defesacivil.sc.gov.br