Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão em greve por tempo indeterminado, desde o último dia 30. De acordo com Carlos Santana, presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado da Bahia (SINPRF/BA), chefes de delegacia e policiamento ameaçam entregar, nesta segunda-feira, 2, seus cargos aos superintendentes, como protesto pela não exigência de nível superior para concurso para PRF.

“O Governo chamou para conversar e sinalizou que pretende acatar esta reivindicação, mas ainda não tem nenhum resultado prático. E é difícil acreditar na promessa do Governo, já que em outra situação de compromisso assinado, eles voltaram atrás”, diz Carlos Santana.

De acordo com o sindicalista, na próxima quinta-feira, 5, a categoria vai se encontrar com a base governista no Congresso para orientá-los a votar a favor da emenda que mudaria a Medida Provisória 431/2008, que anuncia concurso da PRF e não faz qualquer exigência de nível superior para os candidatos.

Antes do encontro no Congresso, os policiais se reúnem em assembléia nacional nesta terça-feira, 3, e depois na quarta-feira, 4, em nível estadual, na sede do sindicato em Salvador. O objetivo é decidir o rumo do movimento.

De acordo com Carlos, a adesão no Estado é de 100% dos 615 agentes em 28 postos. “Estamos mantendo apenas 30% do trabalho administrativo, mas toda fiscalização e fornecimento de documentos externos estão prejudicados”.

Os agentes vão para os postos, mas só atendem acidentes graves ou que ofereçam risco aos motoristas. Ocorrência de colisões leves e fiscalização de uso do cinto de segurança, documentação do veículo, excesso de velocidade e ingestão de bebidas alcoólicas pelo motoristas são ignoradas. Com a greve, o balanço de acidentes também foi suspenso.