A operação tartaruga que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) poderá realizar, amanhã, em vários estados do Brasil, não deverá acontecer no Paraná.

O principal motivo do protesto é pressionar o governo a exigir nos concursos da PRF nível superior dos candidatos.

A orientação da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) é para que a convocação extraordinária para o trabalho no domingo não seja acatada. Dessa forma, nas superintendências da PRF onde a recomendação seja aceita, apenas o efetivo de plantão deverá trabalhar. Além disso, as viaturas deverão ser mantidas nos pátios e apenas ocorrências mais graves poderão ser atendidas.

De acordo com Mauricio Hugolino Trevisan, da Comunicação Social da PRF no Paraná, a última informação que havia era de que as reivindicações que geraram a possibilidade de greve estavam sendo atendidas pelos ministérios da Justiça e do Planejamento. “

Nós, da 7.ª Superintendência, trabalharemos normalmente”, informa Trevisan, ressaltando que, ao menos que algum policial aja individualmente em protesto, os motoristas que utilizarem as estradas do Paraná durante o dia de amanhã podem ficar tranqüilos.

Ninguém da seção paranaense da Fenaprf foi encontrado para confirmar se a recomendação da operação tartaruga está mantida. Mas o próprio site da entidade publicou um comunicado que informava o atendimento, pelo governo federal, das reivindicações da categoria.

Além da exigência do curso superior nos concursos da PRF, as reivindicações dos policiais são a criação de 3 mil novos cargos de policial rodoviário e a readequação da tabela salarial da classe de agente.

O assessor nacional de Comunicação Social da PRF, Pedro Paulo Bahia, informa que o órgão vai contar, amanhã, com o bom senso da categoria. A posição oficial da PRF, segundo ele, é de que os policiais devem buscar atender ao interesse público. “E o interesse é garantir a segurança das famílias que viajaram no feriado”, completa.