Policiais Rodoviários Federais paralisaram, pela segunda vez no mês, as atividades no setor administrativo e Operacional da corporação. Os motivos da greve iniciada na tarde desta segunda-feira (16), segundo o delegado representante do SINDPRF no Espírito Santo, Ernesto Ladaim, foi o descumprimento por parte do governo de duas cláusulas da Medida Provisória 431 referente à escolaridade necessária para preenchimento de vagas na PRF e reajuste salarial.

De acordo com Ladaim, a categoria exige nível superior completo para ingresso na profissão. A MP, no entanto, sequer traz a reivindicação. Outra exigência que também contribuiu para desencadear a greve é referente ao reajuste salarial. Pela MP, os patrulheiros só terão aumento em novembro desse ano. Os trabalhadores exigem reajuste imediato.

Segundo o sindicalista, várias reuniões envolvendo membros do governo Federal e da PRF já foram realizadas no intuito de contornar a situação. Em nenhuma delas houve acordo. “Em nenhum momento o governo apresentou dados concretos sobre o que queremos. Se não somos atendidos o jeito é paralisar as atividades”, disse.

Por conta da paralisação, a Polícia Rodoviária Federal trabalha com apenas 30% dos 210 patrulheiros. Nos mais de 800 Km de estradas federais que cortam o Espírito Santo, apenas acidentes com vítimas serão atendidos.

Serviços de fiscalização, escolta de veículos pesados, atendimentos à colisões sem vítimas e emissão de boletins de ocorrência não estão sendo feitos. O delegado representante do SINDPRF, Ernesto Ladaim, informou que a greve não tem previsão para terminar.