A confusão gerada pelas poltronas marcadas nos ônibus é uma dificuldade que faz parte do cotidiano das pessoas que utilizam o transporte público na região. O problema acontece quando um passageiro senta na cadeira com número que não corresponde àquele que está marcado na passagem.

E as situações são as mais diversas. Vão desde jovens que se incomodam ao serem retirados do local, até idosos que vivem a mesma situação: têm que se levantar para dar lugar ao passageiro que possui aquele número de assento no bilhete da passagem.

Os mais jovens se defendem. “Se a gente sofre um acidente e está no banco errado o seguro não cobre”, justifica Beatriz Souza, de 32 anos.

De acordo com o diretor da Pássaro Marron São Paulo, Gerson Fonseca, os serviços prestados pela seguradora em caso de acidentes servem para todos os passageiros, mesmo que eles não estejam na poltrona correta. O diretor da empresa de transporte rodoviário explica o motivo dos números que indicam o assento na passagem. “Eles são apenas uma garantia de que haverá lugar para aquele passageiro mesmo que o ônibus esteja cheio. É uma forma de garantir a segurança da pessoa”, esclarece.

Os chamados ônibus intermunicpais, ou de uma só porta, são os veículos que adotam esse tipo de medida. Já os suburbanos, que possuem porta de entrada e saída de passageiros, não usam o sistema de marcação das poltronas. O procedimento não afeta a todos.

“Eu não ligo de sentar em outro lugar, mas as pessoas não pensam assim; Vêm e tiram a gente do lugar”, afirma o aposentado José Antônio de Melo, de 67 anos.

A assessoria Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) diz que não há solução para o problema. No caso dos passageiros acima de 60 anos, a agência cita as poltronas dianteiras que são preferencialmente para gestantes, portadores de deficiências e idosos.

“No ato da compra da passagem, o passageiro escolhe o local onde quer sentar. Se houver desentendimento fica a critério da cordialidade das pessoas. Em último caso, o passageiro deve comunicar o problema ao motorista”, afirma.