Equipamentos não estão funcionando devido a falta de dinheiro para pagamento dos contratos

 A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que não deve intensificar as atividades de fiscalização no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido ao desligamento dos pardais das rodovias federais. A corporação lamentou a situação e reconheceu que pode haver aumento da imprudência nas rodovias, mas disse que pretende seguir o planejamento estabelecido de fiscalizações.

Os pardais das rodovias federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não estão registrando multas desde o último dia 11, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deixou de pagar as empresas responsáveis pelos controladores de velocidade. Os equipamentos monitoram 241 faixas de tráfego: 123 nas rodovias gaúchas e 118 nas catarinenses. Já as lombadas eletrônicas estão operando.

No Rio Grande do Sul, o responsável pelo núcleo de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Alessandro Castro, destacou que a utilização de radar móvel deve seguir o planejamento previsto para o final de ano. Em dezembro, a PRF aumenta as ações fiscalizatórias com o uso do radar portátil, devido ao aumento de fluxo nas rodovias.

— Nós teremos aumento do uso do radar, mas não devido à falta dos pardais do Dnit. É o que o movimento se intensifica. Os pardais são importantes, e a gente que (tirar)  espera que, dentro das condições do Dnit, volte a funcionar. Mas o nosso trabalho vai permanecer dentro do planejamento, com aumento do uso do radar móvel, a partir de dezembro, nas operações de verão — frisou.

A PRF de Santa Catarina também manifestou preocupação devido à ausência dos pardais de detecção de velocidade nas rodovias federais. Conforme o inspetor Adriano Fiamonchini, os equipamentos são essenciais para a redução de acidentes. Ele ponderou que haverão ações com radares portáteis nos locais onde os pardais estão desativados, mas salientou que a imprudência, pelo fato de não haver fiscalização, pode gerar acidentes mais graves.

— Vamos tentar diminuir os problemas usando os radares nos locais onde já tinham os pardais. E vamos intensificar as ações devido ao aumento do fluxo no verão. A gente vê com preocuação o que está ocorrendo porque esses equipamentos são importantes na redução de acidentes. E o excesso de velocidade é uma das maiores causas de acidente. Quando não é causa principal, agrava o acidente — destacou Fiamonchini.

Além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina outros 10 contratos foram suspensos das rodovias federais do Brasil por falta de pagamento. O Dnit tenta a ampliação de contratos com as empresas responsáveis, entretanto, a licitação, lançada em maio, está suspensa, a pedido de uma empresa participante do processo licitatório. O Dnit aguarda decisão judicial sobre o tema.

Fonte: Gauchazh