Não é apenas o Comando Rodoviário da BM do Rio Grande do Sul que está com efetivo insuficiente para cuidar das rodovias gaúchas. A realidade na Polícia Rodoviária Federal (PRF) não é diferente. A corporação federal conta com pouco mais de 700 homens para patrulhar 5,4 mil quilômetros no Estado. Na Serra, a 5ª Delegacia da Polícia Federal (5ª DPRF) tem 42 servidores lotados para atender Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Picada Café, Morro Reuter e São Marcos.
O responsável pela unidade na região, inspetor Leandro da Silva Lins Baía, considera o número insuficiente. No início deste ano, o posto da PRF em São Marcos fechou por falta de policiais. O servidor daquela cidade foi transferido para Caxias.
Para prevenir crimes e infrações de trânsito, a 5ª DPRF precisaria ter um efetivo 50% maior, na avaliação do inspetor. Com o contingente atual, as equipes deixam de fiscalizar grande parte dos 153 quilômetros sob responsabilidade da delegacia.
– Cito como exemplo o perímetro urbano da BR-116 em Caxias. São 12 quilômetros e um fluxo diário de 40 mil veículos. Ficamos impossibilitados de atender como se pretende – analisa Baía.
Apesar do quadro reduzido, a PRF está em uma situação mais confortável do que o CRBM. Enquanto os policiais estaduais precisam atender, muitas vezes, as ocorrências sozinhos, os federais atuam sempre em duplas.
Segundo Baía, em cada turno, há duas equipes circulando na região de Caxias e outras duas na região de Nova Petrópolis.
– Hoje em dia, com quadrilhas especializadas, o mínimo aceitável é policiais em duplas. Para a própria segurança deles e para um trabalho com qualidade – destaca Baía.