A Via Expressa, uma das principais avenidas que ligam a parte baixa de Maceió ao Tabuleiro do Martins, não deve ser mais administrada pelo governo federal. O anúncio foi feito, ontem, pelo superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Gibson Magalhães, que vai encaminhar um levantamento para a sede da instituição em Brasília, onde fica comprovado que a via está em área urbana.

“É um projeto do próprio governo federal de passar para Estados e municípios a administração dos trechos das BRs que estão em áreas urbanas. O processo deverá ser semelhante ao ocorrido com as avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, trechos da BR–104, e que hoje são administradas pela Prefeitura de Maceió”, explicou Gibson.

O primeiros passo, segundo ele, foi fazer o levantamento e comprovar que os 11,3 quilômetros da rodovia BR–316, que ganham o nome de Via Expressa estão no perímetro urbano. A segunda etapa é o convênio do governo federal com o governo de Alagoas ou com a prefeitura para administrar a via. “É provável que seja municipalizada, já que todo o trecho está no perímetro de Maceió”, frisou o superintendente.

O levantamento aponta que em toda Via Expressa existem 14 lombadas, 16 semáforos, 19 loteamentos, 15 conjuntos habitacionais, 425 estabelecimento comercial, um estádio de futebol, duas casas de show e um fórum da Justiça Federal.

“Também ficou constatado que somente no primeiro semestre deste ano ocorreram 60 acidentes, o que corresponde 15,6% dos ocorridos em todas as rodovias federais que cortam Alagoas”, ressaltou Gibson Magalhães.

A saída da Via Expressa da administração federal também é vista pela PRF como mais um reforço no policiamento de outros trechos das BRs. Os oito policiais, duas viaturas e duas motos usadas para patrulhar a via seriam remanejados para outros pontos do Estado.