
Montadora sueca usará parte do novo ciclo de investimentos na preparação da fábrica para a produção no país; vendas começam na Lat.Bus, em agosto
Começa a ser vendido em agosto deste ano, o primeiro ônibus 100% elétrico no Brasil. O K 230E B4x2LB. O modelo entra para a história e inicia a jornada de eletrificação da fabricante sueca no Brasil.
Segundo a montadora, o veículo tem autonomia entre 250 a 300km, tração 4×2, vocação urbana, opções de quatro ou cinco pacotes de baterias, e as vendas terão início na Lat.Bus 2024 ou Feira Latino-Americana do Transporte, que será realizada de 6 a 8 de agosto no Expo Imigrantes, em São Paulo.
Sobre o primeiro ônibus elétrico brasileiro
O K 230E B4x2LB tem autonomia de 250 a 300km (já dimensionado numa condição severa-extrema com ar-condicionado ligado e topografia irregular), e opções de quatro ou cinco pacotes de baterias. Sua vocação principal é a aplicação urbana, tem tração 4×2 e comporta carrocerias de 12 a 14 metros – capacidade média para 80 passageiros –, na configuração de piso baixo ou normal.
De acordo com a montadora, a máquina elétrica oferece 230kW (equivalente a 310 cavalos). Trata-se de um motor ligado a um câmbio com duas marchas. O veículo vai modular nessas duas marchas e conectar no eixo traseiro. O ônibus tem um carregador de 130 kW, numa capacidade de carregamento de 150 a 170 minutos.
Ainda segundo a fabricante, o propulsor é chamado EMC 1-2, tem potência contínua de 230kW a 1.750 rpm, torque de 2.200Nm a 0 rpm (curva plana em regime contínuo) e potência de pico de 300kW a 1.400 rpm. No motor a combustão tradicional, o máximo torque é obtido após a aceleração contínua. Este elétrico é diferente. Ele já desenvolve o pico de torque em zero rotação, ou seja, assim que sair da imobilidade.
O motor tem construção e design simples para facilitar a manutenção. Portanto, seu custo de manutenção é mais baixo comparado aos motores de combustão interna. Há também outra vantagem: menos ruído, o que aumenta a suavidade durante a operação. A caixa de transmissão de duas marchas traz maior conforto e eficiência em aclives e estradas irregulares.
Na interface de carregamento, ele transforma a energia que recebe de um carregador externo, que neste primeiro momento será importado. A montadora já avalia os carregadores de mercado, que giram em torno de 150 a 180kW. Teremos a liberdade para desenvolver uma solução localmente. O carregador proporciona maior segurança na recarga reduzindo o risco de acidentes. O sistema de manutenção é simples para diminuir o custo com trocas por danos na interface de carregamento.
O módulo traseiro foi redimensionado e reforçado pra receber não só o motor, mas também a bateria. As baterias deste produto serão de NMC (lítio-níquel-manganês-cobalto), diferentes da maioria das usadas atualmente no mercado que são de LFP (lítio-ferro-fosfato). Mais informações no site da montadora.