Se tudo o que tem sido discutido no 16º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, em Maceió (Alagoas), sair do papel, os motoristas podem se preparar para muita dor de cabeça. Tem surgido de tudo um pouco, desde propostas para cobrar pedágio nas ruas centrais das cidades até interdição ao tráfego em ruas secundárias.
A proposta da tarifação nas ruas foi apresentada pelo engenheiro Felipe Freire da Costa, da Coppe/UFRJ. O plano consta em sua tese de doutorado e prevê que quem tiver um carro mais bacana e um IPVA maior pagará mais para dirigir nas vias principais.
A idéia é a seguinte: se o sujeito pode ir ao Centro de metrô ou de ônibus, não tem que usar o carro. Se o fizer, pagaria uma taxa, aos moldes do selo-pedágio criado nos anos 80 pelo presidente José Sarney. Felipe propõe que a tarifa financie a conservação das ruas.
– O pedágio pode ser de acordo com o tipo do carro ou o IPVA pago. As ruas não são um bem público – diz ele, ainda incerto sobre uma possível bitributação sobre o contribuinte do Rio, que já paga a Cide sobre o combustível e até um pedágio dentro da cidade: o da Linha Amarela.