A cada dia que passa, a situação de insegurança na região da Reserva Indígena Canabrava, localizada entre as cidades de Grajaú e Barra do Corda, fica pior. Por força da legislação que impede a ação por parte das Polícias Civil e Militar, os índios acabam deitando e rolando, e – assim como aconteceu em Morros, no eixo Rio/São Paulo – cobram pedágio para que as pessoas transitem pela área e, pior ainda, literalmente, fazem verdadeiro arrastão em ônibus e veículos de passeio.

Entre a madrugada de domingo e segunda-feira, nada menos que três ônibus foram assaltados, além de um quarto que, graças a habilidade do motorista, conseguiu fugir. Na madrugada de sábado para domingo, os ônibus das Empresas Guanabara e Transbrasiliana foram o alvo, na noite seguinte, cinco índios armados e encapuzados estavam fazendo o raspa nos passageiros da empresa Progresso, quando um outro ônibus, da Viação Forte Açailândia, se aproximou.

Os bandidos usaram o caminhão boiadeiro, tomado horas antes. O motorista José Bernardo Soares da Silva foi abordado por quatro homens armados ao deixar a Fazenda Mearim. Ele foi amarrado e obrigado a tomar um litro de cachaça, ficando bêbado. Ao perceber o assalto, o motorista da Viação Açailândia engrenou a ré, momento que dois dos cinco índios usaram o caminhão e foram para cima do ônibus.

Os índios pularam na parte superior do veículo, mas em uma ação rápida, o motorista engrenou a primeira e saiu em alta velocidade, passando por cima de quebra-mola e, ainda, por pouco não atropelou os passageiros do ônibus da Progresso, que estavam pedindo socorro às margens da rodovia. Esse tipo de crime tem se tornado comum na região. Dezenas de objetos, entre dinheiro, jóias foram roubadas.