CUIDADO: Todo cuidado é pouco nas estradas quando há sinais de fumaça na pista. Foto: Divulgação

Num país onde morrem mais de 40 mil pessoas no trânsito, conforme dados do Seguro DPVAT, é preciso aprender com os acidentes

Nesta época do ano, regiões secas ou sujeitas a densa neblina colocam em risco quem dirige nas estradas. Basta jogar um cigarro aceso pela janela do carro para causar um incêndio e causar acidentes. Há poucos dias, no Paraná, um engavetamento deixou 8 mortos e mais de 20 feridos. A fumaça decorrente de fogo em local próximo a rodovia prejudicou a visibilidade e pequenos acidentes acabaram se tornando uma grande tragédia quando um caminhoneiro não conseguiu parar e colidiu com um mais veículos, atropelando, inclusive. quem estava no acostamento.

Num país onde morrem mais de 40 mil pessoas no trânsito, como atestam dados do Seguro DPVAT, é fundamental aprender com os acidentes. Os motoristas sabem que no caso de pouca visibilidade, é necessário reduzir a velocidade, usar faróis baixos, aumentar a distância do veículo da frente, orientar-se pelas faixas laterais da rodovia enquanto dirige, parar em local seguro quando as condições de visibilidade forem precárias.

Portanto, é fundamental extrair deste acidente todas as lições possíveis. As primeiras informações dizem que o caminhoneiro estava descansado e que não tinha consumido álcool. É preciso investigar e divulgar os resultados, a responsabilidade, consequências e os dramas das famílias envolvidas, para que todos aprendam com esses acidentes.

Quando uma carreta não consegue parar, as consequências são muito graves, por isso, inclusive, o limite de velocidade para esse tipo de veículo é mais baixo. Mas outros condutores envolvidos neste acidente, podem ter cometido o erro, inclusive os passageiros, quando esperam no acostamento.

Depois de tudo apurado, tem que se repercutir ao máximo na mídia como os condutores e passageiros devem se comportar nesse tipo de situação, até mesmo em respeito às vidas perdidas e aos familiares das vítimas, é fundamental aprender com erros e talvez, seja a forma mais dura e eficiente de educar. A morte também nos ensina e morremos mais quando não aprendemos com ela.

Rodolfo Rizzotto – Coordenador do SOS Estradas