O SETCESP, em parceria com a FETCESP, realiza todos os anos o levantamento das ocorrências de roubo de cargas no Estado de São Paulo com o intuito de apresentar ao setor um panorama completo deste crime, que se configura em um dos principais problemas do setor de transporte rodoviário de cargas na região. Até 2005, os dados eram coletados por meio de informações fornecidas por entidades de classe e empresas do setor de transporte e de seguros.

A partir daquele ano, graças ao Protocolo de Intenções assinado pelas entidades com a Secretaria de Segurança Pública, o levantamento passou a ser realizado com os dados dos boletins de ocorrência oficiais da Polícia, fator que propiciou uma maior acuidade nas avaliações sobre os delitos de cargas no Estado.

Para o levantamento deste ano, a Secretaria de Segurança Pública, atendendo a uma reivindicação do setor, passou a considerar em seu banco de dados também os roubos de pequeno valor (até R$ 3.000,00). Estas ocorrências não eram consideradas antes como roubos de carga pela polícia e eram classificadas em outra categoria de crime.

Diante desta nova metodologia, os dados agora compilados pelo SETCESP mostram que mais de 86% dos roubos estão concentrados na Região Metropolitana de São Paulo e que pouco mais de 81% das ocorrências foram de roubos de mercadorias de valor agregado inferior a R$ 30 mil. ?Este perfil do roubo de cargas nos mostra que as ocorrências têm acontecido em grande parte nas operações de entrega das mercadorias, que é quando o caminhão está na rua e se transforma em um alvo mais fácil para os ladrões?, explica o assessor de Segurança do SETCESP, coronel Paulo Roberto de Souza.

É importante ressaltar que, devido à mudança na metodologia, não é recomendável que se façam comparações entre os resultados dos diferentes anos tomando-se por base número absolutos, já que as bases de dados são diferentes.

?O fato de termos um Protocolo de Intenções com a Secretaria de Segurança Pública nos dá a oportunidade de obtermos um panorama mais fiel do roubo de cargas no Estado. Este Protocolo dá acesso aos dados oficiais das Polícias e o levantamento consegue realmente nos dar um raio-x do roubo de cargas para que as transportadoras possam ter informações fiéis para prevenir e evitar estas ocorrências?, comenta o Cel. Souza.

O SETCESP oferece, por meio de sua página na internet, um retrato completo com os dados do roubo de cargas já compilados e um resumo analítico da situação. Para acessar os dados, clique aqui. A página traz aos associados as informações classificadas por local de ocorrência, as rodovias com maior incidência, os tipos de cargas mais roubados, os prejuízos causados pelo roubo, entre outros.