Estrada catarinense interditada por índios que exigem ginásio de esportes
INTERDITADA: Indígenas promovem protesto e interditam, nesta quarta-feira (27), a SC-483, entre Paial (SC) e Chapecó (SC), reivindicando o cumprimento das promessas de construção do asfalto e construção de um ginásio de esportes. Foto: Divulgação

Bloqueio se deu na manhã desta quarta-feira (27); condutores devem evitar a estrada

Indígenas promovem protesto e interditam, nesta quarta-feira (27), a rodovia SC-483, entre Paial (SC) e Chapecó (SC), reivindicando o cumprimento das promessas de construção do asfalto ligando as duas cidades, que passa por dentro da Aldeia Indígena, além da construção de um ginásio de esportes.

A manifestação está planejada para durar o dia todo e afetará a SC-483, localizada na região oeste de Santa Catarina. Os pleitos variam mas incluem construção de ginásio esportivo.

Em julho, o protesto tinha como objetivo mais atenção para a saúde, educação e atendimento social. Nesta quarta-feira(27), a manifestação está ocorrendo na Aldeia Indígena Toldo Chimbangue, na área rural de Chapecó (SC).

O líder indígena, Antônio Antunes, explicou em uma entrevista à rádio Belos FM que a razão para a manifestação é que durante a construção da estrada asfaltada, que liga Paial a Chapecó, que passa pela aldeia, algumas casas indígenas foram danificadas.

Os indígenas estão exigindo reparos nas residências danificadas e a construção de um ginásio de esportes. Além disso, querem a pavimentação de um trecho.

Segundo o cacique, a rodovia será bloqueada no início do dia, permitindo apenas a passagem de veículos oficiais e de saúde. O tráfego será interrompido na maior parte do tempo, com a possibilidade de liberação por cinco minutos a cada duas horas.

Os indígenas destacam que, se não obtiverem uma resposta até o final do dia, planejam realizar um protesto maior e mais impactante na próxima semana.

Manifestações indígenas estão ocorrendo em todo país neste ano. Algumas em virtude do marco temporal, outras por diferentes PECs que tramitam no Congresso. Independente da razoabilidade dos pleitos, os usuários das rodovias são prejudicados e o direito de ir e vir comprometido.