De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), BR-163 foi a campeã em número de ocorrências
As rodovias do Estado de Mato Grosso registraram, no primeiro semestre deste ano, 130 mortes em decorrência de acidentes (sinistros) de trânsito, de acordo com um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo o relatório, houve um aumento de 16% se comparado com o mesmo período de 2021. Os dados apontaram também que a BR-163 é uma das rodovias mais movimentadas, uma vez que o tráfego é composto, em sua maioria, por caminhões e carretas.
De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos, 350 pessoas morreram na BR-163, sendo a via que registrou o maior número de sinistros.
Veja os dados com mortes nas rodovias:
- BR-163 – 350 mortes
- BR-364 – 338 mortes
- BR-070 – 230 mortes
- BR-174 – 63 mortes
- BR-158 – 54 mortes
Segundo o relatório, uma das ocorrências mais graves foi em maio deste ano na BR-163, no município de Vera, a 486 quilômetros da capital Cuiabá. Na ocasião, um ônibus que transportava 45 passageiros bateu de frente com uma carreta matando oito pessoas, além de ter provocado ferimentos em vários passageiros.
No dia 12 deste mês, entre Matupá (MT) e Guarantã do Norte (MT), uma carreta-tanque e um caminhão, que transportava grãos, colidiram frontalmente e a rodovia precisou ser interditada. Com o impacto, os veículos pegaram fogo e duas pessoas morreram.
O superintendente da PRF, Francisco Élcio, explicou que as maiores vítimas são os caminhoneiros. “Os caminhoneiros, em razão do escoamento de soja, são as maiores vítimas. Parte dos produtos que sai de Mato Grosso ou que chega no estado acaba passando pela BR-163, e a infraestrutura não está adequada. Muitas vezes, esses caminhões já estão em mal estado de conservação por causa das rodovias. Então, são trechos longos que os veículos percorrem sem as devidas condições“, disse.
A engenheira de Transportes, Marina Baltar, disse que a duplicação de toda a extensão da BR-163 pode melhorar as condições de viagens e ajudar a reduzir os sinistros.
Além da infraestrutura, ela destaca outras medidas que são necessárias para a prevenção dos sinistros.
“A gente precisa trabalhar com fiscalização, então buscar reduzir velocidade nos pontos críticos, fiscalizar quanto ao uso de bebida alcoólica e entorpecentes. Além da educação porque as ocorrências de trânsito têm a ver com a imprudência do motorista“, disse.
