Uma sexta-feira que mais parecia feriado, por conta do cenário soturno. Mas alguns minutos dali, no Terminal Rodoviário de Belém, a realidade era oposta. Para conseguir chegar até o local de desembarque era necessário paciência. A quantidade de pessoas que circulava pelas ruas do entorno, e de táxis que entravam e saíam demonstrava que o dia estava reservado para viajar.

A calçada em frente ao Terminal estava completamente ocupada pelos veranistas, com malas e sacolas. Entre as pessoas sentadas à espera do horário da viagem e as que andavam com passos mais apressados para não perder o ônibus, a atenção tinha que ser redobrada, para não ser atropelado por um pedestre.

A auxiliar administrativa Taiana Castro chegou ao terminal rodoviário às 14h para tentar pegar um ônibus vazio e conseguir chegar antes até ao seu destino, mas com a quantidade de pessoas que procurava pelo serviço, a viagem teve que ser adiada para às 16h. “Não tinha mais passagem para cedo. Todas com destino a Colares foram vendidas. Só consegui comprar para mais tarde e ainda vamos em pé”.

ESTRADA

Saindo do terminal rodoviário, rumo aos balneários, a impressão era que toda a população da cidade havia escolhido o mesmo dia e hora para sair de Belém. Foi preciso paciência para enfrentar o longo e lento engarrafamento. Logo pela manhã, o fluxo de veículo na rodovia BR-316 já era intenso. Chegaram a passar na barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Ananindeua, cerca de 60 carros por minuto, continuando com o mesmo fluxo até o final da noite.

Até às 22h, onze acidentes haviam sido registrados entre os quilômetros zero e nove da BR-316, sem vítimas fatais. Um dos acidentes, ocorrido no quilômetro cinco, próximo a entrada do bairro Águas Linda, envolvendo um motociclista e um pedestre, resultou em lesões graves. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Metropolitano.

Entre os pontos de congestionamento, segundo o agente Marcio Freitas, estavam a saída do túnel do Entroncamento, no quilômetro dois, em frente a uma empresa de ônibus e próximo ao viaduto de Ananindeua. “Estes são os pontos que mais engarrafam. Depois da barreira o trânsito começa a fluir melhor”, contou. A PRF reforçou o contingente de agentes no trecho onde ocorreram os acidentes e considerado com maior local de congestionamento.