A Lei 11.705, mais conhecida como “Lei Seca”, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, já está em vigor há três meses e provocou mudanças de hábitos nas populações de diversos locais do país. Porém, em Sergipe, apesar da redução no número de acidentes de trânsito ocasionados pelo consumo de bebidas alcoólicas, os cidadãos estão observando a falta de blitze e, portanto, muitos continuam arriscando suas vidas e a de outros motoristas e pedestres ao dirigirem embriagados.Tal fato ainda acontece em Sergipe porque o Estado conta apenas com uma única unidade de bafômetro em jurisdição em todo seu território.
O equipamento é operado pela Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran). Apenas em casos emergenciais, o Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv) solicita auxílio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “A CPTran utiliza mais o bafômetro na área urbana. Quando nós necessitamos nas rodovias, deslocamos o motorista – suspeito de estar sob efeito de álcool – até o posto mais próximo da PRF”, afirma o comandante da CPRv, major Linhares.
Retrospectiva – Cerca de um mês após a entrada em vigor da nova lei, a CPTran anunciou a aquisição de seis bafômetros, os quais seriam utilizados para fiscalização em diversos pontos da área metropolitana. Todos foram enviados para aferição. Ao retornarem para o Estado, devido a problemas encontrados com a aparelhagem, cinco deles foram enviados de volta para efetuar reparos. Porém, até hoje eles permanecem no concerto. “Os bafômetros foram reprovados na primeira aferição e, por isso foram encaminhados para a fábrica, em São Paulo”, explica o major.