O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado da Bahia voltou atrás e admitiu que houve um equívoco ao informar que 20 chefes entregariam os cargos ontem. Contudo, a entidade anunciou uma nova mobilização para o início da manhã de hoje. Em greve desde a última sexta-feira, a categoria realiza, das 6h30 às 7h10, uma operação “pente-fino” nos 26 postos distribuídos nas rodovias federais que cortam o estado, diferentemente dos últimos dias, quando só atenderam ocorrências relativas a acidentes.
A mobilização é uma forma de pressionar o governo federal contra a falta de exigência de nível superior no concurso público, que vai suprir três mil vagas no departamento, e também ao adiamento do reajuste da categoria de julho para novembro. As duas reivindicações haviam sido acordadas em março pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, junto aos ministérios do Planejamento e da Justiça, e deveriam ser incluídas na Medida Provisória no 431.
O assunto volta a ser discutido depois de amanhã, em reunião realizada entre representantes do Ministério do Planejamento, da Casa Civil e do comando nacional de greve. Na Bahia, existem 615 policiais rodoviários federais distribuídos em 28 postos ao longo de 6.581km que compõem as 25 rodovias federais que cortam o estado. O vice-presidente do sindicato, Gerson Rubro Negro, informou que, apesar da operação ‘pente-fino”, enquanto durar a greve, as viaturas permanecerão estacionadas nos postos e os patrulheiros só se deslocarão em caso de acidentes, flagrante delito e situações que ponham em risco a segurança das pessoas. Também não serão disponibilizados documentos ao público, a exemplo de boletins, declarações de acidentes de trânsito e guias, dentre outros.