Sem posição concreta do Dnit, motoristas enfrentam desafios apresentados pela BR 101
A licitação para elaboração dos projetos para as reformas da BR 101, no trecho desde a divisa de Campos com Espírito Santo até o município de Rio Bonito, já foi concluída pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) e deverá ser autorizada em breve pela direção geral do departamento, segundo o superintendente substituto do Dnit/RJ, Samuel Schuster. No entanto, o site do órgão aponta que, desde setembro do ano passado, o processo licitatório encontra-se suspenso devido a recurso impetrado por uma das empresas participantes.
Por causa do impasse, quem trafega pelo trecho vai precisar esperar ainda mais para o início das obras. Várias empresas devem apresentar os projetos, com os determinados custos, para os 12 lotes no qual a rodovia foi dividida.
— Deve demorar ainda cerca de um ano até finalização dos projetos e aprovação para que, então, seja aberto processo de execução das obras. Além da avaliação de impacto ambiental, serão apresentados planejamentos de terraplanagem, sinalização, pavimentação, arte e tudo o que for relativo às obras — informou Samuel.
O trecho sul da estrada no estado do Rio já teve a licitação para duplicação concluída. A obra tem custo de R$ 142,9 milhões e é equivalente a 29 Km de estrada — de Mangaratiba até Santa Cruz. No trecho do Norte-Fluminense, são mais de 300 km previstos.
O presidente da Comissão Pró-Vida, o médico Luiz José de Souza, lembrou que o trecho entre Campos e Macaé registra grande parte do número de mortes em acidentes da rodovia e critica, ainda, a não inclusão da parte no planejamento inicial de duplicação.
— Só com as reformas emergenciais, o número de acidentes fatais caiu bastante, apesar de ainda registramos imprudências devido à falta de sinalização para coibir tal atitude. Mas a duplicação é a alternativa para, realmente, diminuir o número de vítimas na rodovia — comentou.
