Segundo o gerente Fernando Fróes, entre 18 mil e 19 mil veículos, em média, utilizam a RS-122 diariamente. Destes, de 12 mil a 13 mil passam pela praça de cobrança de Farroupilha. Os demais – cerca de 6 mil – saem da rodovia para a estrada vicinal a fim de não pagar pedágio. Fróes diz que esses números são constantes, variam pouco. No entanto, ele poderá se surpreender com o levantamento de Carlos Gnoatto: apenas pela observação, o técnico estima em 10 mil veículos o fluxo diário do desvio.
E faz uma previsão: – O trânsito no desvio está crescendo a cada dia. Daqui a meio ano, a praça de Farroupilha estará fechada, todo mundo vai passar por aqui. O presidente da Associação de Usuários de Rodovias do Rio Grande do Sul (Assurcon/RS), Juarez Colombo, acredita em algo semelhante. Mas para ele, que é contra o pedágio de Farroupilha, o fim da praça de cobrança virá acompanhado de más notícias. Colombo aposta que, no acerto do reequilíbrio econômico-financeiro, a Convias fechará a praça farroupilhense para ganhar, em troca, outras três: uma na própria RS-122, mais adiante, no distrito de Nova Milano; outra na RST-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves; e uma terceira na Rota do Sol, próximo a Ana Rech, em Caxias do Sul.
– Fizemos todo um trabalho para que o usuário tivesse o seu equilíbrio econômico-financeiro, usando o desvio, e agora querem nos tirar isso. Após as eleições, podem estar certos que vem a paulada. De outubro em diante, teremos sérios problemas com o pedágio – prevê o presidente da Assurcon/RS.