É a primeira cidade do país a ter essa exigência. Os quase dez mil taxistas de Porto Alegre vão ter que fazer o exame uma vez por ano para poderem trabalhar
Os taxistas de Porto Alegre vão ser obrigados a apresentar um exame toxicológico para trabalhar.
Fios de cabelo ou pelos dos braços podem revelar se o motorista consumiu drogas como maconha, cocaína e anfetaminas nos últimos seis meses. Os taxistas que estão renovando as licenças já fazem o exame. O Nilton, que é taxista, acha a medida positiva.
“O pessoal que usa drogas, esses negócios aí, separa da classe do pessoal que age normalmente”.
A lei quer melhorar a segurança e a competividade dos táxis, que dizem ter perdido metade dos passageiros para os aplicativos de transporte.
“Assim a gente fica mais seguro”.
“É um controle maior, interno, que eles têm deles eu acho, e garante mais uma segurança para a população”.
A partir do dia 21 de dezembro apenas taxistas que apresentarem o resultado negativo para uso de drogas vão poder trabalhar em Porto Alegre. Quem representa a categoria aprova a medida – mas discorda de ter que pagar pelo exame.
O sindicato quer a redução de taxas para compensar o custo de cerca de R$ 170.
“Se não for possível, o sindicato, logicamente, vai buscar parcerias para diminuir o custo. Nós somos favoráveis ao exame toxicológico, mas nós somos contra o taxista ter que arcar integralmente com esse custo”, diz o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Luiz Nozari.
Mas a prefeitura não pretende mudar a lei.
“Os laboratórios reduziram valores, parcelam em diversas vezes. Acredito que a categoria vai conseguir, sem maiores prejuízos financeiros, e sim com um ganho de qualidade e confiança, que o usuário vai ter sobre o serviço, repor esse investimento”, afirma Marcelo Soletti, presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação.
Os quase dez mil taxistas de Porto Alegre vão ter que fazer o exame uma vez por ano. Para o Claudio vai valer a pena.
“Assim eu valorizo a profissão de taxista. A gente está tentando fazer a coisa certa, fazer a coisa correta”, diz o taxista Claudio Ribeiro.