O crescente número de recalls e problemas mecânicos envolvendo os veículos da Toyota vêm colocando em dúvida a qualidade de construção que consagrou a marca. Depois das chamadas envolvendo a picape Tundra e do convocamento feito no Japão, é a vez da subsidiária australiana da empresa sofrer com problemas nos produtos comercializados por lá.
A nova dor de cabeça da Toyota é o RAV vendido na Austrália. O problema está em nas versões comercializadas com o motor de 3,5 litros V6, oferecido em vários veículos e mercados pela empresa. Segundo funcionários da empresa, as vendas deste modelo foram suspensas devido ao funcionamento do motor, que poderia estar funcionando “não tão suavemente como deveria”. O problema parece ter sido identificado e seria na central eletrônica do motor.
Desde que um determinado problema não afete a segurança dos passageiros, não se pode exigir legalmente um recall na Austrália, mas, de acordo com informativos, esta seria a medida a ser adotada pela matriz Toyota, que estaria alarmada com os potenciais problemas de qualidade. Há pouco mais de um mês, a subsidiária australiana da empresa retirou das lojas o modelo TRD Aurion, devido a problemas reportados de uma falha no motor.
A Toyota está em um ritmo de crescimento entre 500 mil e 800 mil veículos por ano, o que obrigaria a Toyota a construir ao menos duas fábricas por ano para manter o mesmo patamar de avanço de vendas, de acordo com a revista Drive. O acelerado crescimento da empresa no mundo tem feito com que vários problemas de qualidade tenham aparecido, visto que a preocupação com este quesito tenha diminuido em favor da força voltada a ser a maior fabricante do planeta.
Para manter a conhecida qualidade dos veículos Toyota, a empresa criou o Primeiro Comitê do Cliente e estabeleceu o Instituto Toyota, um lugar onde os gerentes das plantas e das linhas de produção da marca de todo o mundo se encontrarão para ter maior conhecimento do “Caminho Toyota” (“The Toyota Way” ou “Toyotismo”) de se fazer automóveis, segundo assessoria da marca.
