O grupo Toyota, que há meses tem retirado do mercado milhares de veículos defeituosos que apresentavam aceleração espontânea, teria comprado alguns deles de seus clientes em sigilo, para ocultar falhas, segundo um processo que corre na Califórnia, nos Estados Unidos.

Ao fazer a recompra solicitava que o proprietário assinasse um termo de sigilo, para que não houvesse o risco de repercussão negativa. Revendedores da Toyota nos EUA admitiram que até funcionários de concessionárias passaram pela experiência de estar testando o carro e inesperadamente o veículo começar a acelerar.

Além disso, a Toyota omitiu deliberadamente a divulgação desta informação à agência de segurança do trânsito dos Estados Unidos (NHTSA) e durante uma audiência ante o Congresso.

Em um comunicado, a Toyota reafirmou ter investigado “rápida e minuciosamente todos os casos de aceleração descontrolada” dos veículos e confirmou ter comprado automóveis defeituosos para realizar “análises técnicas adicionais”.

A repercussão dessa notícia, divulgada hoje nos EUA, poderá afetar ainda mais a imagem da empresa no mundo. Já há inclusive manifestações na imprensa americana de que o Toyoda, presidente da montadora deva ser convocado novamente para depor no Congresso americano.

Caso fique comprovado que a empresa omitiu e enganou as autoridades do governo americano e os congressistas, as consequências poderão ser gravíssimas e comprometer o futuro da Toyota nos EUA.