Viatura da Polícia Militar destruída na GO-462: tragédia deixa três mortos em colisão durante chuva
Três policiais militares morreram na tarde de ontem em acidente envolvendo dois veículos no km 08 da GO-462, entre Goiânia e Santo Antônio de Goiás. O 3° sargento Edvan de Paula Aguiar, 47, e o soldado Jamilton Tavares de Melo, 35, morreram na hora, após colisão de frente entre o veículo em que estavam, uma Parati do Batalhão Rodoviário Estadual (BRE), e o automóvel conduzido pelo 2° sargento da Polícia Militar Divino da Silva Moreira, 32, que morreu a caminho do hospital. Aquaplanagem teria sido a causa da colisão.
O acidente aconteceu sob chuva forte, em trecho com cerca de 700 metros de linha reta. A Parati de cor prata seguia na direção de Santo Antônio de Goiás, onde morava o sargento Divino, em terreno levemente declinado. Por volta das 16 horas, as lâminas de água que cruzavam a pista teriam feito com que o carro perdesse o contato com o solo e deslizasse na rodovia. O veículo rodou e bateu de frente com a viatura que trafegava rumo à Capital.
Divino chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele deixa esposa, também policial militar, soldado Flávia Moreira. Os dois trabalhavam juntos no 9° Batalhão da PM.
A viatura do Batalhão Rodoviário retornava para o posto policial da corporação, em Goiânia. Os dois ocupantes do carro ficaram presos às ferragens e foram retirados 2 horas após o acidente. Foi preciso que oficiais do Corpo de Bombeiros serrassem os destroços do veículo, que ficou destruído. Dezenas de pessoas acompanharam o resgate das vítimas.
Soldados do Corpo de Bombeiros também jogaram serragem na pista para secar o local e dar melhores condições de tráfego e trabalho durante o resgate. Primeiro, retiraram o corpo do 3° sargento Edvan de Paula Aguiar. Ele deixou esposa e seis filhos. Jamilton foi o último a ser retirado da viatura.
Emoção de familiar
O irmão do soldado Jamilton Tavares de Melo, 35, agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Felisberto Tavares, esteve no local do acidente e acompanhou os trabalhos de resgate dos corpos.
Chorando, o agente precisou ser amparado por colegas e retirado do local no momento em que a Polícia Técnico-Científica transportava o corpo de Jamilton para o carro do Instituto Médico Legal (IML). O soldado era casado e pai de uma filha. Segundo o major Luiz Carlos Alencar, somente o resultado da perícia poderá afirmar se houve imprudência ou excesso de velocidade dos condutores dos veículos. O sargento Divino será velado e enterrado em Santo Antônio de Goiás. Os corpos do sargento Edvan e do soldado Jamilton terão homenagens póstumas em Goiânia, em local não definido até o fechamento desta edição. Os três serão sepultados com honras militares.