A recomendação “se beber, não dirija” não vem sendo seguida por muitos motoristas durante esse período de festejos juninos. A Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRV) divulgou ontem o balanço parcial da “Operação Festejos Juninos”, onde se constata que até o dia 23 (véspera de São João) foram registrados 36 acidentes nas estradas sergipanas com 11 vítimas fatais e 27 com ferimentos. Para se ter uma idéia do crescimento do número de acidentes neste ano, basta dizer que a mesma operação realizada em 2007 apontou ao seu final 41 acidentes com 7 vítimas fatais e 39 com lesões. O maior de todos os absurdos é que a maioria dos acidentes aconteceu com veículos conduzidos por motoristas que fizeram uso de bebidas alcoólicas, além de desobediência à sinalização e imprudência.


É estarrecedor saber que um ato insano dessa natureza ainda seja praticado por alguém. Dirigir sob efeito de bebida alcoólica representa o mesmo que assinar uma sentença de morte. Sem desfrutar plenamente dos seus reflexos e a considerável “taxa de ousadia” que o álcool produz no condutor de um veículo é a combinação perfeita para a ocorrência de um desastre. O que leva um ser humano a proceder dessa forma só deve ser a gritante irresponsabilidade ou até mesmo a vontade de praticar suicídio.


A esperança de que isso não continue a ocorrer com freqüência é a aplicação da nova lei que procura coibir o consumo de bebidas alcoólicas nas estradas e rodovias. Mas, convém lembrar que tudo se resume ao nível de consciência de cada um e a decisão de não fazer a escolha errada e pagar caro por isso.