Parlamentar diz que o trânsito seguro deve ser uma responsabilidade de todos, pois nós somos o trânsito
Por entender que o trânsito seguro deve ser responsabilidade de todos e que ainda falta consciência, empatia, e respeito, tanto pela própria vida quanto pela do outro, a deputada estadual Franciane Bayer, de 31 anos, instalou, no início de maio, a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. “As pessoas precisam entender que nós somos o trânsito, e esse trânsito se tornará mais seguro quando, de fato, for humanizado”, defende.
1- A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro foi instalada por iniciativa sua. De que maneira ela pode contribuir para reduzir a violência no trânsito?
Nossa maior contribuição aqui no Rio Grande do Sul, enquanto instituição parlamentar, além da elaboração de projetos e legislação, é trabalhar na disseminação da informação de campanhas educativas com órgãos e instituições parceiras, para a conscientização das pessoas e para levar a questão ao debate público. No último dia 20 de maio, realizamos o seminário “Trânsito Seguro: Cuide da Vida, Previna Acidentes”, direcionado a prefeitos, vereadores e segmentos que trabalham a pauta, tratando a preservação da vida no trânsito, em painéis apresentados por especialistas, entre eles representantes da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC/POA) e socorristas voluntários que atuam nas rodovias gaúchas.
Acredito que nosso principal objetivo é mobilizar o maior número de pessoas possível em torno do tema. O trânsito seguro deve ser uma responsabilidade de todos, pois nós somos o trânsito. Só assim, com envolvimento de todos, faremos a diferença para a mudança de atitude e, consequentemente, ter um trânsito mais humano.
2- Como mobilizar a sociedade diante da situação atual, em que o trânsito mata mais que crimes violentos em pelo menos nove estados, segundo levantamento do Seguro DPVAT?
Como disse em meu artigo, enquanto não assumirmos a nossa culpa, continuaremos ceifando vidas e destruindo famílias pelas pequenas infrações que cometemos no trânsito, ao olhar o celular quando estamos dirigindo, ao ultrapassar um sinal fechado porque a pista está vazia, ou porque alguém ingeriu uma pequena dose de bebida alcoólica e dirigiu com a mentalidade de que “não dá nada”. Acredito que essa mobilização deve ocorrer através de um chamamento para a mudança de comportamento de toda a sociedade, do pedestre ao motorista. A “Frente do Trânsito”, assim como eu, tem como propósito a defesa da vida. E queremos envolver as pessoas na reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade.
3- O que falta para promover uma efetiva mudança de comportamento no trânsito?
Falta consciência, empatia, e respeito, tanto pela própria vida quanto pela do outro. As pessoas precisam entender que nós somos o trânsito, e esse trânsito se tornará mais seguro quando, de fato, for humanizado. Chega de banalidade para vidas perdidas no trânsito. Não dá para esperar acontecer comigo ou na minha família para finalmente me engajar no propósito. Quem trabalha para a prevenção do trânsito está cumprindo a sua parte. Nós temos que fazer a nossa.
O artigo “O Trânsito mata, o trânsito somos nós” pode ser conferido aqui.
Fonte: Seguradora Líder