De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), corpos foram liberados para os familiares por volta das 19h30
A Polícia Civil de Minas Gerias (PCMG) confirmou quem são as vítimas fatais do grave acidente (sinistro) no km 792 da BR-116, em Além Paraíba (MG), que matou quatro jogadores, sendo três menores de idade, do Esporte Clube Vila Maria Helena, de Ubaporanga (MG), após a queda do micro-ônibus Volare, na madrugada desta segunda-feira (30).
Segundo a PCMG, todos os corpos foram liberados para familiares ou responsáveis. Diogo Coutinho Chao Villar, de 18 anos, era o mais velho e assistente técnico da equipe.
Veja quem são:
- Kailon da Silva Paixão, 13 anos, morador de Magé (RJ)
- Andrei Viana da Costa Silva, 15 anos, morador de Duque de Caxias (RJ)
- Thyago Ramos de Oliveira Dias, 15 anos, Duque de Caxias (RJ)
- Diogo Coutinho Chao Villar, 18 anos, Duque de Caxias (RJ)
Além das mortes, a tragédia em Minas teve também 29 feridos. De acordo com a PCMG, foi instaurado inquérito policial para investigar as causas do sinistro. O motorista do micro-ônibus será ouvido oportunamente.
Conforme o Estradas noticiou mais cedo, algumas vítimas já tiveram alta médica. Algumas delas já foram ouvidas pela polícia. Segundo a Dayana Vieira, representante da LG Turismo, dona do micro-ônibus Volare, além do motorista outras 32 passageiros estavam no veículo. O condutor foi levado para o hospital São Salvador, em Além Paraíba (MG). Ela não soube informar o estado de saúde dele, porque o hospital ainda não passou essas informação a ela.
Segundo Vieira, a empresa está com um representante no local do sinistro e já fez contato com a seguradora para tomar as providências necessárias. Ela informou que tanto o motorista quanto o veículo estão com os documentos regularizados.
O sinistro
De acordo com o Corpo de Bombeiros, com o impacto, o micro-ônibus ficou capotado perto de um riacho. A viagem consta como registrada no sistema de Licenças de Viagem Nacional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Entretanto, a ANTT informou ao Estradas que essa posição não havia sido informada pela Agência.
Às 14h25, a reportagem recebeu a seguinte resposta:
“A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informa que a LG TURISMO VIAGENS E TRANSPORTES EIRELI possui habilitação vigente para realizar o transporte interestadual de passageiros, no modo fretamento. O veículo Marcopolo VOLARE W-L ON, placas LUK3H79, pertecente à empresa, também possuía licença de viagem válida para o trecho (ida e volta) entre Duque de Caixas (RJ) e Ubaporanga (MG), portanto, não existia qualquer irregularidade documental para o transporte.”
Equipes do Corpo de Bombeiros de Leopoldina, Cataguases, Além Paraíba e Juiz de Fora, em Minas, atuam no local na manhã desta segunda-feira (30, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Estradas solicitou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais informações, que são públicas, a respeito da ocorrência. A reportagem recebeu às 11h15, a seguinte resposta da Corporação:
“Em Além Paraíba/MG, km 792 da BR 116, um ônibus caiu de uma ponte. Confirmados 4 fatais e 28 vítimas de lesões. A pista ficou totalmente interditada de 3h30 às 6h30 quando foi totalmente liberada.”
Provavelmente sem cinto de segurança
O Estradas apurou também que o veículo envolvido no sinistro é um micro-ônibus – e não um ônibus – da marca Volare, modelo Fly 10, placas LUK3H79, prefixo 3002, da empresa LG Turismo Viagens e Transportes Eireli e tem autorização da ANTT para realizar essa viagem, assim como o veículo envolvido no sinistro.
Também foi apurado que o veículo tem várias multas, sendo que as últimas delas foram aplicadas pela PRF, no dia 20 deste mês, no km 319 da própria BR-116, no Rio de Janeiro, por desobedecer às ordens emanadas por agentes de trânsito. Há ainda duas multas por excesso de velocidade em débito, em 2021 e 2022. Inclusive um jovem que estava no veículo declarou que o motorista andava em excesso de velocidade.
Outras infrações recentes, foram aplicadas também pela PRF, em 20/12/22, no km 319 da BR-116, por conduzir o veículo com equipamento obrigatório em desacordo com o Contran e por conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança.
Tudo indica que a maioria dos passageiros não fazia uso do cinto de segurança, o que explicaria tantas vítimas e os óbitos.