O Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalha desde o início do ano em uma avaliação da capacidade do sistema viário para o futuro. O estudo será concluído no próximo mês e servirá para apontar os locais onde estão localizados os maiores problemas de fluxo.

O resultado ajudará o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) a definir os investimentos com o trânsito de 2007 para frente. Segundo Everaldo Alves, engenheiro do Ipuf, a mobilidade urbana é prejudicada pelo fato de a Ilha possuir 42% de sua área protegida. Essa análise da UFSC vai ajudar ainda na elaboração do plano diretor da Capital.

Carlos Magno Nunes, coordenador do Fórum das Cidades e membro do Núcleo Gestor do plano diretor, acredita que é impossível ver o transporte isolado dos outros pontos da cidade.

– Carro aqui não é luxo, é necessidade – argumenta.

O sistema de transporte coletivo segue a lógica do empresariado, segundo Nunes. O plano diretor, para ele, vai ter que equacionar a questão. A cicloativista Karla Simm concorda.

– O sistema de ônibus na Capital é desastroso. Defendemos o direito de ter uma melhor estrutura para as bicicletas, afinal, um ciclista a mais é um veículo a menos nas ruas – destaca.

Karla diz que as cidades devem proporcionar condições de as pessoas usarem a bicicleta. De acordo com ela, fica difícil competir com os carros quando não se tem ciclovias. Na Capital, são apenas 20 quilômetros e ainda em trechos não-integrados.